26/10/2015 – Atualizado em 26/10/2015
Por: MC/Redação com fotos de Rádio Caçula
Uma obra milionária lançada pela Prefeitura Municipal em Junho deste ano em Três Lagoas que deveria recuperar toda a malha asfáltica e parte das guias de calçada da Lagoa Maior está totalmente “parada”.
O prazo para o término dos serviços também está com o prazo expirado desde o último dia 05 de Outubro deste ano e mesmo assim, as autoridades competentes não cobraram pelo término dos trabalhos orçado em 1.558.316,99.
A OBRA E PRAZO
Conforme dados oficiais da Prefeitura Municipal de Três Lagoas, a obra foi lançada pela prefeita Márcia Moura (PMDB) no dia 05 de Junho de 2015 e teria que recuperar toda a extensão da Avenida Aldair Rosa de Oliveira.
Os serviços que teriam que ser executados – conforme a licitação – tem um total de 31 mil metros quadrados, sendo 28 mil metros de recapeamento, 3 mil metros de lama asfáltica e 500 metros de meio fio de concreto moldado. O prazo para o términos dos serviços para a empresa vencedora (Construtora Jupiá) seria de 4 meses.
O ABANDONO
Devido o abandono da obra executada com recursos públicos municipais, a reportagem da Rádio Caçula observou que os serviços ainda não foram finalizados.
Uma extensão de aproximadamente 300 metros que compreende um espaço entre as Ruas Bahia e Taurino Ramires Coke, no bairro Bela Vista, ainda não recebeu a pavimentação adequada e está cheia de “crateras”, dificultando o tráfego de veículos na localidade.
Britas que seriam utilizadas na avenida também foram deixadas na calçada de um lote na mesma região.
MEIO FIO
Conforme a ordem de serviço, referente aos 500 metros de guias de calçada que seriam colocados em pontos críticos ao longo da avenida, a reportagem notou que – em alguns trechos – o meio fio ainda continua quebrado e que em nenhum ponto da orla, existe a implantação do novo material.
Para piorar a situação, “bocas de lobo” também estão abertas em vários pontos da avenida, podendo ocasionar graves acidentes com pessoas que fazem diariamente suas caminhadas no espaço.
A EMPRESA
Conforme informações da Secretária de Obras da Prefeitura Municipal, os serviços foram interrompidos em virtude do lençol freático da área deste trecho estar danificado. A prefeitura alegou que apenas uma obra de drenagem poderia evitar tal transtorno que já existe no local há anos.
Para sanar o problema orçado em R$ 350 mil, a prefeitura iria fazer no mês de setembro um processo licitatório para contratar uma nova empresa para executar os serviços no local, mas até o momento, nenhuma licitação foi aberta.
REVOLTA DOS MORADORES
Para os moradores da localidade, as declarações da prefeitura não foram convincentes, pois ao ser feito a licitação para que fosse feita toda a recuperação da malha asfáltica da Lagoa Maior, este tipo de situação – problemas no lençol freático – teria que englobar no preço cobrado pela Construtora Jupiá, que simplesmente, repassou o problema para a Prefeitura Municipal.
Para um morador da região, o dinheiro aplicado na obra foi jogado fora.
“A prefeitura tinha que exigir que a empreiteira se responsabilizasse para sanar o problema no trecho ainda não pavimentado. Agora querem jogar o problema para outra empresa e esta obra fica assim, totalmente parada. Deixo uma pergunta a todos os internautas. Mesmo com a não concretização dos serviços, a Construtora Jupiá será que já recebeu pelos serviços que ainda não foram terminados”, desabafou.
Enquanto as obras não são reiniciadas, os três-lagoenses continuam sofrendo com o abandono no local.
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