25/04/2015 – Atualizado em 25/04/2015
Por: Ana Carolina Kozara com informações da repórter Viviane Pinheiro e Carlos Santos
Na noite desta sexta-feira (24) o descaso com a saúde da população Treslagoense terminou em tragédia.
A Rádio Caçula recebe diariamente denuncias e reclamações a respeito da má qualidade no atendimento de toda a rede de saúde da cidade, problemas que vão desde equipamentos quebrados, falta de médicos e medicamentos, falta de estrutura para a espera dos pacientes além do constante descaso dos funcionários aos doentes.
Na noite desta sexta-feira todos estes problemas culminaram em uma tragédia anunciada há tempos, um bebê de oito meses de vida veio à óbito e a causa foi choque hipotérmico, devido a desidratação, vômito e diarreia.
Por volta das 8 da manhã, os avós da criança levaram a criança ao UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e lá ficaram cerca de 40 minutos aguardando atendimento.
A criança foi atendida e uma médica a examinou apenas apalpando seu pulso e a região da barriga e sem solicitar nenhum exame adicional alegou que era virose, receitou os medicamento Florance DSN 17938 e Bromoprida GTS e liberou o bebê garantindo que iria melhorar.
Este medicamento não é disponibilizado gratuitamente pelo SUS e o pai da criança acabou comprando o remédio.
A medicação foi ministrada e no inicio da noite, por volta das 20h, segundo relatos da avó da criança a mãe presenciou o bebê tendo uma crise e imediatamente acionou a equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
A viatura chegou ao local e tentou reanimar a criança que infelizmente já tinha vindo a óbito.
A equipe não desistiu do caso e tentou reanimar a criança que foi conduzida para o Hospital Auxiliadora onde foi submetido a novas tentativas de ressuscitamento, porém sem êxito.
Os avós alegaram que após a medicação passada pela médica na manhã daquele dia a criança piorou.
AGRAVANTE DO CASO
O bebê que nasceu de seis meses estava internado no hospital de Campo Grande e recebeu alta recentemente, retornando assim para a cidade de Três Lagoas.
A família informou este fato à médica, que ignorou as informações e seguiu com o atendimento básico.