17/10/2014 – Atualizado em 17/10/2014
O pediatra fez um diagnóstico completamente errado e orientou aos pais que procurassem outro médico e detalhes da doença na internet
Por: Ray Santa Cruz
O absurdo caso ocorreu no dia 14 em Três Lagoas, quando uma família necessitou de um atendimento pediátrico, no maior hospital da região.
De acordo com informações da mãe Luciana Siqueira no dia 13 (segunda-feira) a mesma levou o filho de apenas oito meses, pela manhã em uma UBS (Unidade Básica de saúde), devido ao fato dele estar apresentando febre e diarreia.
No local uma médica atendeu a criança e prescreveu os seguintes medicamentos: Bactrim, Ibuprofeno e Dipirona. Passando o dia ela medicou a criança e os sintomas foram piorando, aparecendo manchas pelo corpo do menino.
Já no dia 14 (terça-feira) o bebê continuou a passar mal e foi preciso encaminha-lo novamente ao médico, desta vez os pais decidiram ir até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde suspeitavam que o mesmo tivesse com dengue.
Na Unidade, um exame sanguíneo foi feito e o menino ficou sob observação o dia inteiro. A peregrinação da família ainda estava no começo e segundo a mãe o hemograma ficou pronto às 17 horas, e o Clínico Geral afirmou que não poderia fazer um pré-diagnóstico pois o resultado havia dado negativo para dengue e o bebê teria que passar por um pediatra.
Pediatra orienta família a usar a internet
Com um encaminhamento em mãos, os pais seguiram para o Hospital Auxiliadora onde ainda havia suspeita era de que a criança tivesse com dengue devido as manchas vermelhas na pele.
Após ser consultado por um pediatra por volta das 18:00 horas a dengue foi descartada pelo profissional, e conforme Luciana foi afirmado que o bebê tivesse com uma alergia na pele chamada rizectomia súbita, não necessitando de medicação pois a mesma desapareceria depois de 7 dias.
“O pior foi quando eu o questionei sobre o que seria exatamente e ele mandou procurar na internet, ele ainda disse que eu deveria procurar um pediatra para resolver o problema, e eu respondi dizendo: você é o que então? Quer dizer que devo procurar outro pediatra porque você não sabe direito o que está acontecendo?” disse a mãe indignada.
Tanto o pai quanto a mãe dizem que no final da consulta, o médico orientou a família a buscar na internet as causas da doença.
A mãe ficou indignada com a postura do profissional, mas não reclamou com a ouvidoria do hospital.
Depois disso a família se deslocou até a cidade de Andradina-SP distante a 42,4 quilômetros de Três Lagoas para serem atendidos por um pediatra.
Internação e risco de vida
Em entrevista ao vivo no Programa Toninha Campos, Luciana afirmou que ao se consultar no município vizinho o médico alegou que o bebê estava com alergia devido a medicação recebida (receitada na UBS) o que prejudicou ainda mais a situação do bebê.
Contudo os devidos procedimentos foram feitos as pressas, a criança ficou internada dois dias em observação e no momento passa bem.
Para Luciana Siqueira, se ela e o esposo não tivessem ido até Andradina o filho poderia ter morrido, eles precisaram passar por mais de três médicos de Três Lagoas e nem assim o diagnóstico foi o correto.
A família diz que irá entrar com uma ação contra o Hospital Auxiliadora pela negligência do pediatra.
Em contato com a Assessoria de Comunicação foi informado que a postura do médico será investigada, acompanhe na íntegra:
O Hospital Auxiliadora informa que:
Izaque de Siqueira Santos, deu entrada na Instituição no dia 14/10 às 15h10. O paciente estava com febre desde o dia 10/10 e já fazia uso de medicamentos, segundo relatado pela família. Foi descartada a hipótese de dengue pela equipe do Hospital e o diagnóstico foi de Exantema Súbito, onde o médico orientou a família sobre os devidos cuidados. Quanto a postura do médico, o Auxiliadora irá investigar o caso.
Matéria editada às 08:40 de sábado (18) para acréscimo de informações.

