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Falha em distribuição de provas anula concurso do Senado para três cargos

Geral – 12/03/2012 – 12:03

Quase 10,5 mil candidatos terão que fazer nova prova

Um erro na distribuição de provas durante o concurso do Senado, realizado no domingo (11), obrigou a FGV (Fundação Getulio Vargas) a cancelar os exames feitos por candidatos a três cargos.

Em um segundo comunicado à imprensa, divulgado por volta das 20h, a fundação informou que, além dos candidatos às vagas para analista de suporte de sistemas e enfermagem, quem prestou o concurso para analista de sistemas também terá que refazer todas as questões, incluindo a redação. A nova data e os locais serão informados aos inscritos pelo correio.

Além de frustrados, devido ao cancelamento de suas provas, muitos dos que pagaram R$ 190 de inscrição para disputar uma das vagas destinadas aos três cargos ficaram indignados por não terem sido informados, ainda durante o exame, do que estava ocorrendo.

Embora o cancelamento das provas tenha sido anunciado à imprensa por volta das 18h de domingo, a informação não chegou ao conhecimento de todos os responsáveis pelos locais de prova. Com isso, muitos candidatos só deixaram a sala depois de terem respondido a todas as questões e feito a redação.

O enfermeiro Elias Araújo Barbosa, 29 anos, se disse indignado:

  • Ninguém falou nada em nenhum momento sobre anular ou cancelar provas. Eu só soube do cancelamento quando já estava saindo no portão do colégio. E isso porque ouvi outros candidatos comentando, mas ninguém tinha certeza de nada. Estou indignado.

Já eram quase 20h30 quando Barbosa deixou o prédio do Colégio Marista João Paulo 2º, no Plano Piloto de Brasília e soube, pela reportagem, soube que a prova a qual havia se submetido tinha sido cancelada. O mesmo ocorreu com seu irmão, também enfermeiro, Eude Aparecido Araújo Barbosa, que viajou de Uberlândia (MG) à capital federal para fazer a prova. Elias disse estar decepcionado, principalmente com a falta de informações.

  • A melhor conduta seria [os organizadores] chegarem às salas, explicar a todos o que tinha acontecido e liberar todo mundo. E não deixar que nos desgastássemos à toa, perdêssemos mais tempo para, no fim, ficar sabendo que vamos ter que refazer toda a prova.

Também manifestou indignação a enfermeira Viviane Pereira da Cunha, 27 anos.

  • Por mais que seja compreensível que a empresa não saiba ainda o que vai fazer, ela devia ter informado a todos de sua decisão assim que resolveu cancelar parte das provas. Teríamos saído menos indignados, pois pelo menos não teríamos passado pelo desgaste psicológico de saber que todo o esforço não valeu nada.

Mesmo na Facitec (Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas), em Taguatinga (DF), onde os cadernos de questão de quatro salas foram distribuídos equivocadamente, levando ao cancelamento das provas dos três cargos, os candidatos não foram avisados do problema e muitos só deixaram a sala ao fim do tempo previsto para a realização do exame.

O servidor público Salatiel Robson Barbosa de Oliveira, de 38 anos, disse que muitos colegas seus ainda estavam fazendo o teste, “se desgastando com uma prova que já foi cancelada”. Sua afirmação foi feita por volta das 19h na 21ª Delegacia de Polícia de Taguatinga, onde vários candidatos prejudicados registraram boletim de ocorrência.

No total, quase 158 mil candidatos de todo o Brasil disputam uma das 246 vagas do Senado, em um dos concursos públicos mais concorridos do País. Além da estabilidade, os salários iniciais entre R$ 13,8 mil e R$ 23,8 mil, dependendo do cargo, são os maiores atrativos.

As provas foram aplicadas nas 26 capitais, além do Distrito Federal – durante a manhã para quem disputa uma vaga de técnico legislativo e, à tarde, para os que concorrem aos cargos de analista e consultor.

 

Fonte: R7

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