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quinta-feira, 10 de julho, 2025

Exames descartam paralisia em adolescentes internadas após tomarem vacina contra HPV

10/09/2014 – Atualizado em 10/09/2014

Saúde informou que o quadro pode ser avaliado como uma síndrome de estresse pós-injeção

Por: R7/Estadão Conteúdo

Exames neurológicos descartaram o diagnóstico de paralisia nas três adolescentes internadas no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, que desde a última quinta-feira (4), quando tomaram a segunda dose da vacina contra o HPV, em uma escola estadual de Bertioga, na Baixada Santista, vêm se queixando de dores pelo corpo e dificuldades de locomoção. Duas delas, de 12 anos, apresentam quadro estável, mas continuam internadas em observação, a mais velha, de 13, começou a sentir as pernas novamente. Porém, os médicos pediram exame de líquor (líquido da espinha) para investigar melhor o caso.

As três permaneciam internadas até esta terça-feira, sem previsão de alta.A provável reação à vacina chamou a atenção de especialistas, que estão acompanhando de perto o caso das três meninas, das onze que se sentiram mal após a aplicação. Todas foram encaminhadas ao Pronto-Socorro de Bertioga e, após avaliação, oito foram dispensadas. As três que apresentavam maiores queixas foram levadas para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, no final de semana e, posteriormente, encaminhadas para o Guilherme Álvaro, em Santos, onde permanecem até agora.

A diretora de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde, Helena Sato, já esteve em Santos para acompanhar a evolução das adolescentes e fazer o monitoramento do quadro clinico. Ela informou que não houve qualquer problema com o lote de vacinas utilizado em Bertioga ou falhas com eventual armazenamento inadequado e nem erro na refrigeração e que, por isso, o caso continuará sendo investigado.

Helena Sato disse ainda que a aplicação da segunda dose da vacina contra o HPV vai continuar em todo o Estado de São Paulo, seguindo cronograma estabelecido pela Secretaria de Saúde, para proteger as meninas entre 11 e 13 anos, contra o câncer de colo de útero.

Hipótese

Para o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o quadro das adolescentes pode ser avaliado como uma síndrome de estresse pós-injeção, que pode ocorrer com outras vacinas e que o dano neurológico regride espontaneamente. Ele destaca que um eventual problema de má conservação da vacina poderia acarretar uma baixa eficácia da imunização e não resultaria nas queixas manifestadas pelas meninas.

Onde e quando tomar a vacina

A vacina contra o HPV faz parte do calendário nacional de imunizações e, atualmente, está disponível gratuitamente apenas para meninas entre 11 e 13 anos. A segunda dose da vacina começou a ser aplicada no dia 1º deste mês. A vacinação será feita nos postos de saúde e em escolas públicas e particulares que mostrarem interesse em imunizar suas alunas. A primeira dose foi aplicada em março deste ano.

O vírus do HPV é transmitido por meio do contato sexual e responsável pela quase totalidade dos casos de câncer de colo do útero. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), esse é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama, e a segunda causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Natália, 13 anos, voltou a sentir as pernas nesta terça-feira (9)

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