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Sinpol-MS critica recolhimento de vítimas fatais em funerária

31/07/2014 – Atualizado em 31/07/2014

Por: Dourados News

O grave acidente ocorrido na madrugada de ontem na BR-163, evidenciou mais uma vez a necessidade do funcionamento do IML (Instituto Médico Legal) de Dourados. Os cinco mortos na batida entre um caminhão carregado de couro e um ônibus que seguia para o Mato Grosso foram encaminhados para uma funerária da cidade, onde o legista fez o trabalho para liberação dos corpos.

O prédio da Urpi (Unidade Regional de Perícia e Identificação), onde deveria funcionar o IML, foi entregue em 2012. A obra orçada em mais de R$ 897 mil em recursos do Governo do Estado nunca ofereceu a estrutura necessária para o funcionamento do instituto, o que é denunciado há tempos pelo Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) e também pela Apol/MS (Associação dos Peritos Oficiais de Mato Grosso do Sul), e já foi mostrado em matérias anteriores do Dourados News.

A reportagem, inclusive, presenciou a surpresa de um policial rodoviário federal que se dirigiu na manhã de ontem ao Hospital da Vida para coletar informações sobre os 15 feridos no acidente que foram encaminhados para lá. Ao ser questionado para onde os mortos haviam sido levados, e ser informado que para o IML não seria possível porque a estrutura não está disponível, ele se mostrou surpreso. “Não tem IML? Como assim?”, disse o policial, espantado com o fato das vítimas serem encaminhadas diretamente para a funerária.

Procurado pelo Dourados News, o presidente do Sinpol/MS, Alexandre Barbosa, disse que tomou conhecimento do acidente e da situação envolvendo as vítimas fatais, e que o sindicato mais uma vez encaminhará ofício à Sejusp/MS (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) cobrando o funcionamento do IML.

“É absurda essa condição de improviso no recolhimento de vítimas fatais em funerárias particulares. Já denunciamos várias vezes esse descaso e, mais uma vez, com base em mais este exemplo, vamos cobrar da secretaria que encaminhe o funcionamento do instituto, que é o local adequado para este fim e para o trabalho do legista”, criticou Barbosa.

Em junho deste ano, em reportagem publicada pelo Dourados News, uma fonte da Apol/MS que preferiu não se identificar alardeou não apenas o improviso no qual é feito o trabalho dos legistas como também a gravidade que envolve isso.

“A situação é realmente alarmante. A necropsia é feita na funerária, e isso não pode acontecer, porque quebra a cadeia de custódia que é uma normativa que existe para não deixar que a prova criminal perca o valor. Funerária é órgão particular, o que poder ser base para contestação de segurança e credibilidade de um laudo”, disse a fonte na época.

Reprodução

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