Geral – 06/03/2012 – 14:03
presidente Dilma Rousseff enfrenta pela segunda vez desde que foi eleita o desafio de manter a sua base alinhada aos seus objetivos no governo. Primeiro, foi na votação do salário mínimo quando nem todos os partidos votaram pelo valor proposto pelo governo. Agora, Dilma está à frente de uma crise gerada pela insatisfação dos aliados. Analistas apontam que a faxina que a presidente fez no primeiro e segundo escalão podem ser os motivos. Além disso, com a nomeação de Marcelo Crivella para o Ministério da Pesca, Dilma incorporou o PRB à base aliada, o que não agradou partidos que pediam a pasta, como o PR.
Com a crise contaminando o Planalto, Dilma foi encontrar Lula em SP, na semana passada, e voltou à Brasília pedindo a união dos partidos da base. Instruída por Lula, ela fez um apelo à união dos partidos que compõem a base aliada, falou sobre o ‘fardo’ de governar, chorou e destacou a importância de uma ‘coalizão forte’ para dividir essa tarefa.
Creditando a entrada do PRB no governo à disputa eleitoral paulistana, os partidos da base passaram a cobrar de Dilma os cargos nos ministérios em troca do apoio a Fernando Haddad. Dilma, no entanto, avisou a interlocutores que não está disposta a ceder à pressão. Ela está convencida de que, se fizer isso agora, quando a campanha sequer começou e Haddad tem apenas 3% da preferência dos eleitores, poderá ser obrigada a ceder à pressão mais à frente para ajudar seu candidato, ficando refém dos aliados.
Fonte: MSN/Estadão