05/05/2014 – Atualizado em 05/05/2014
Por: Campo Grande News
Os três suspeitos de participar de uma “sessão de tortura” contra um adolescente de 14 anos, que foi agredida e teve o cabelo raspado há seis dias, em Campo Grande, irão responder por, no mínimo, quatro crimes. A delegada Regina Márcia Rodrigues, responsável pelas investigações, disse ao Campo Grande News, que retoma as oitivas na manhã desta segunda-feira (5).
“Na véspera do feriado nós fomos levar as intimações e buscar os envolvidos, mas eles não compareceram à delegacia. Nossas diligências são ininterruptas e acredito que esta semana realizaremos as oitivas com os envolvidos. Somente a partir daí é que será definida a responsabilidade de cada um neste crime”, afirma a delegada.
Neste período, conforme comentou um dos investigadores do caso, a Polícia levantou a hipótese da amiga da vítima ter colocado uma camiseta sua na casa da agressora, na tentativa de “incriminá-la”. Em depoimento, a adolescente garantiu que nunca se envolveu com o homem casado e que não entende o motivo de tamanha violência contra ela.
Os suspeitos responderão por lesão corporal dolosa, dano, ameaça e injúria real.
Crime – No dia 29 de abril, em uma casa no bairro Estrela do Sul, a menina foi agredida por Gabriela, de 21 anos, que dizia que a vítima estava tendo um caso com o seu marido, sendo que ela desconfiou porque uma camiseta sua foi encontrada na casa. No entanto, a menina diz que jamais teve contato com o marido da agressora.
Para a Polícia, a adolescente também comentou que o marido de Gabriela, identificado apenas como Alisson, também presenciou as agressões e não fez nada. A amiga dela, de 18 anos, que a atraiu para o local, também estava no imóvel e pedia para ela confessar logo, senão continuaria apanhando.
Após ter o cabelo raspado, a menina foi obrigada a subir em uma moto YBR com Gabriela. A autora a deixou no bairro Vida Nova. No entanto, a menina fingiu que ia embora e a ameaçou de morte, levando ela para o bairro Nova Lima, por volta das 14h30. Ela pediu socorro em um Ceinf (Centro de Educação Infantil).
