23/02/2014 – Atualizado em 23/02/2014
Por: Ata News
Mais da metade das crianças brasileiras de até cinco anos de idade são consideradas fumantes passivas. Foi o que apontou uma pesquisa realizada pelo Ambulatório de Drogas do Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo). Isso acontece porque elas ficam expostas à fumaça do cigarro, seja em ambientes externos ou mesmo dentro de casa, no caso de pais fumantes. “Essas crianças tem mais chances de desenvolver otites, bronquites e rinites. Além disso, a propensão à morte súbita também é dobrada”, afirma o pediatra Jorge Huberman.
No Brasil, assim como em vários outros países, existe uma lei que proíbe o ato de fumar em ambientes fechados. Ainda assim, o cheiro do cigarro que fica nas roupas, no corpo e nos cabelos dos pais fumantes podem acabar prejudicando a saúde dos pequenos. “Não fumar perto das crianças ajuda, mas o ideal seria que os pais deixassem os cigarros, o que reduziria significativamente as chances de inflamação nas crianças”, diz.
Riscos do cigarro
A exposição ao tabaco também pode ser responsável pela causa de asma ou chiado receptivo à broncodilatação. Estudos recentes desenvolvidos por pesquisadores do Hospital Penn State Milton S. Hershey, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, detectou que, entre as mais de 600 crianças e adolescentes avaliados, todos os que apresentaram esses problemas haviam sido expostas ao cigarro de alguma forma.
O fumo é prejudicial mesmo antes do nascimento do bebê. Por isso, as mulheres que planejam engravidar, devem deixar o vício o quanto antes. “Não existe consumo seguro de cigarro, então, pare de fumar antes mesmo de engravidar para não prejudicar a formação do bebê. Substâncias ilícitas também são prejudiciais”, explica o obstetra Francisco Villela.
