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Santa Maria lembra 1 ano de tragédia com protesto

27/01/2014 – Atualizado em 27/01/2014

Por: Estadão

Para marcar o primeiro ano do incêndio, a Associação das Vítimas e Familiares de Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) programou o Congresso Internacional Novos Caminhos – A Vida em Transformação, evento que começou anteontem e termina hoje. As atividades voltaram-se para o tratamento de traumas, prevenção de desastres, exibição de um filme sobre a tragédia e convivência de familiares e vítimas.

Pais que perderam filhos disseram que se mantêm em estado de luto permanente e fazem da luta pela condenação dos culpados e pela segurança de quem sai para se divertir a razão de suas vidas. “Fazer esse serviço é uma forma de superar o trauma”, disse Sérgio Silva, que perdeu um filho no incêndio.

“É inconcebível pensar que a dor passa, ela nos acompanha para sempre”, disse Nilda Cruz, mãe de um estudante morto na boate Republica Cromañón, em Buenos Aires, em 30 de dezembro de 2004. “Se vamos viver assim, temos de fazer algo, colocar os responsáveis na cadeia e trabalhar pela memória de nossos filhos”, afirmou.

Portando um cartaz com a foto da filha Rafaela Schmidt Nunes, morta aos 18 anos, o técnico em telefonia Jorge Alberto dos Santos Nunes, de 51, um dos 300 inscritos no congresso, resumia a dor de todos. “Voltei a trabalhar 20 dias depois da tragédia, mas tive de me ausentar de novo em agosto, por depressão, e permaneço afastado desde então”, contou.

“No convívio com as outras pessoas, a gente até sorri, mas é falso”, disse Nunes. Em meio à tristeza, ele observa que a vida mandou um sinal. Uma filha de 27 anos que dificilmente conseguiria engravidar, segundo opinião de médicos, está esperando o neto Pietro. “Deus o mandou para amenizar um pouco nossa dor.”

Justiça. Os familiares lutam também pela responsabilização dos acusados de causar a tragédia e pedem punição de fiscais omissos da prefeitura, de bombeiros, dos donos da casa noturna e dos músicos da banda. “Não é o caso de vingança, mas queremos que todos os envolvidos paguem dentro da culpabilidade que cada um tem, até como exemplo para que isso não se repita”, disse o presidente da AVTSM, Adherbal Ferreira. “Se não houver punição, não haverá paz em nossas vidas.”

Quatro dos acusados – os músicos Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, e os empresários Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann – vão a júri popular sob a acusação de homicídios qualificados com dolo eventual.

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