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Acusado diz que matou mulher com pancada na cabeça, colocou-a em saco e a enterrou

10/01/2014 – Atualizado em 10/01/2014

Em depoimento à polícia, Rafael London detalha crime; advogado pede tratamento psicológico

Por: Correio do Estado

Rafael London Marques da Silva, 27 anos, acusado de matar e enterrar a ex-mulher, Márcia da Costa Moreira, 34, prestou depoimento e relatou a oficial sobre o crime na manhã de hoje (10). As informações são do Dourados News.

Em depoimento à delegada Magali Leite Cordeiro Pascoal, no 2º DP de Dourados, o acusado disse que o crime aconteceu na madrugada do dia 9 de novembro durante uma discussão, na qual ele agrediu a esposa na cabeça com um ‘porrete’, depois disso que colocou-a em um saco de lixo e levou o corpo para ser enterrado no fundo da quitinete, onde morariam.

O advogado do acusado entregou à polícia um laudo psicológico dizendo que o Rafael fazia tratamentos e precisaria ser encaminhado para psiquiatria ou psicologia.

Depoimento

Rafael London Marques da Silva contou que morou por dois anos em Curitiba e lá conheceu Márcia em uma festa noturna, com quem namorou por cerca de oito meses. Eles decidiram morar juntos e para ‘fugir’ do aluguel resolveram se mudar para Dourados, onde morariam três meses no fundo da casa do pai dele e depois se mudariam para uma quitinete, já que ele e a irmã são donos de um conjunto de quitinetes no Jardim Márcia.

No depoimento o acusado disse que o casal tinha algumas discussões, mas a relação era harmônica e trabalhavam juntos, fornecendo marmitas. Moravam no mesmo quintal do pai dele e com isso começaram a ter discussões, pois o pai dizia que o casal gastava demais. Outras discussões também ocorriam, porque Márcia era ciumenta e toda vez que ele saia sozinho os dois brigavam.

Com as discussões constantes eles iriam mudar-se para a quitinete, mas Márcia não gostou do local, pois nas proximidades não teria lugar para trabalhar e teriam prostitutas morando perto.

No dia 8 de novembro o filho da vítima, de 13 anos, pediu para dormir na casa de um colega e o casal deu a autorização. Naquela noite eles foram jantar em um restaurante e permaneceram fora até às 2h da madrugada do dia 9.

Quando voltaram para a casa começaram a discutir, por volta das 3h, pois eles teriam que mudar para a quitinete de qualquer forma e a convivência não estava boa com o pai dele.

A discussão se agravou, o acusado entrou no quarto e Márcia foi atrás dele. Então ele pegou um porrete e agrediu ela com alguns golpes na cabeça. No relato, ele não soube dizer quantos foram os golpes.

Com a agressão ela caiu desmaiada e sangrava muito. O acusado pegou um saco de lixo e colocou o corpo dela dentro, antes disso amarrou as mãos dela e o pescoço com um fio para que se encaixasse no saco.

Colocou o corpo no porta-malas do carro, foi até a quitinete onde moraria e ali enterrou a vítima.

Segundo Rafael da Silva, não foi preciso cavar o buraco, pois o terreno havia sido aterrado e tinha uma elevação, então o acusado colocou o corpo na parte mais baixa e o cobriu com terra e tábuas, cobrindo novamente com mais terra, na madrugada de sábado. Depois de enterrar o corpo retornou para casa.

O enteado voltou no dia seguinte da casa do amigo e ao perguntar da mãe teve como resposta que ela estaria internada no hospital. Após alguns dias o menino foi embarcado em um ônibus para Curitiba para ficar com a família da mãe.

A vítima foi dada como desaparecida, com isso ele vendeu o carro da mulher para uma loja de sucata, para manter a versão do desaparecimento.

Ele contou que limpou o local do crime com água e água sanitária, depois pegou a madeira e um lençol utilizado para a limpeza do local, colocou dentro de um saco de lixo e jogou fora.

Avaliação Psicológica

Também foi entregue à polícia um laudo de avaliação psicológica, datado de abril de 2013, assinado pela psicóloga, Tânia Mara Matoso (psicologia clínica, psicopedagogia e neuropsicologia).

O laudo pede o encaminhamento de Rafael da Silva para psiquiatria ou psicologia. Diz também que no dia 18 de março de 2013 ele iniciou tratamento psicológico semanal, pois tinha dificuldade de autocontrole. Tinha sentimento de inferioridade, isto por conta da repressão da agressividade, além de um comportamento dependente e ansioso, problemas emocionais, transtornos e perturbação em seu desenvolvimento.

Prisão

Rafael London Marques da Silva foi preso no início da noite de ontem pela Polícia Militar, num hotel em Fátima do Sul, distante 40 quilômetros. E deve ser transferido ainda hoje (10) para a Phac (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa), em Dourados.

oto: Osvaldo Duarte / Dourados NewsRafael foi preso ontem à noite e deve ir para a prisão ainda hoje

Foto: Dourados News

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