31.7 C
Três Lagoas
domingo, 5 de maio, 2024

Número de recém-nascidos infectados com HIV cai para a metade desde 2005

29/11/2013 – Atualizado em 29/11/2013

Esta foi uma das maiores conquistas na luta contra a doença

Por: R7

A melhora na prevenção de novas infecções do vírus HIV entre os recém-nascidos foi uma das maiores conquistas na luta contra a Aids, já que o número de bebês com o vírus foi reduzido para a metade entre 2005 e 2012, ao passar de 540 mil para 260 mil novos casos.

Em 2012, 62% das mulheres grávidas infectadas com o vírus nos 22 países do Plano Mundial Contra a Aids receberam tratamento antirretroviral para evitar a transmissão para seus filhos, segundo o relatório A infância e a aids: inventário da situação em 2013, publicado nesta quinta-feira (28) em conjunto pelas agências Unaids e Unicef, por ocasião do Dia Mundial contra a Aids no próximo dia 1º de dezembro.

O diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Anthony Lake, ressaltou “hoje em dia, o fato de uma mulher grávida viver com o HIV não significa que seu bebê tenha o mesmo destino, nem que ela não possa levar uma vida saudável”.

Com o novo tratamento antirretroviral simplificado, conhecido como “Opção B+”, são maiores as possibilidades de se tratar de maneira mais eficaz às mulheres que vivem com o HIV e prevenir que elas transmitam o vírus para seus bebês durante a gravidez, o parto ou a lactação.

Alguns dos sucessos mais notáveis na redução de infecções de recém-nascidos foram conseguidos em países com altos índices do vírus HIV na África Subsaariana. O número de contágios caiu, entre 2009 e 2012, 76% em Gana, 58% na Namíbia, 55% no Zimbábue, 52% em Malawi e Botsuana, e 50% na Zâmbia e Etiópia.

Graças aos avanços na medicina preventiva, foram evitados até 850 mil novos casos de infecções do vírus HIV entre crianças (0-14 anos) desde 2005 nos países mais pobres, um número encorajador para se atingir o objetivo de uma geração livre da Aids. No entanto, a ONU advertiu que, para que essa meta se torne realidade, o número de crianças com HIV que recebem antirretrovirais tem que aumentar, pois apenas 34% delas receberam tratamento adequado nesses países no ano passado, contra 64% dos adultos nessa situação.

Como resultado, aproximadamente 210 mil crianças morreram devido a doenças relacionadas com a Aids em 2012. Sem um tratamento adequado, um terço dos lactantes infectados com HIV morreriam antes de seu primeiro aniversário e a metade antes dos dois anos de idade, alerta o relatório.

O diretor-executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel Sidibe, disse que “uma geração livre da Aids significa não só que todas as crianças nasçam sem o HIV e permaneçam assim durante toda sua vida, mas que todos os infectados também tenham acesso aos tratamentos”.

Para continuar avançando na luta contra a Aids, está sendo feito um esforço para que os exames para detectar o vírus e os tratamentos sejam mais acessíveis e eficazes, como, por exemplo, através do uso de telefones celulares na Zâmbia e no Malawi, que possibilitam maior rapidez nos resultados dos testes de HIV, o que permitiu que as mães recebessem o diagnóstico de seus bebês quase em tempo real.

Segundo a Unaids e a Unicef, o desafio agora é aplicar o conhecimento que já existe sobre a prevenção do HIV e continuar com os esforços para evitar o contágio entre as crianças e adolescentes de grupos sociais mais vulneráveis.

radioCacula/interna/m_middle_336x280_3

— O mundo tem agora a experiência e os instrumentos para no futuro tenhamos uma geração livre da Aids e as crianças devem ser os primeiros beneficiados pelos nossos sucessos na luta contra o HIV.

Número de bebês com HIV foi reduzido para a metade em 7 anosThinkstock

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Indústria volta a gerar empregos em Três Lagoas e registra aumento de 194,4% nas contratações

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), também foram 8113 contratações e 7414 demissões foram computadas no município, resultando em um saldo de 699 novas vagas de emprego. Um desempenho muito acima da média registrada em MS, que registrou queda de -1,4% na geração de empregos no 1° trimestre do ano.

Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo

Novo status sanitário será submetido à organização internacional.

Mato Grosso do Sul apresenta estabilidade em casos de dengue

Nos primeiros quatro meses deste ano, o estado registrou 7,4 mil casos confirmados da doença e 15 mortes comprovadas.