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domingo, 16 de novembro, 2025

Índios invadem a 80ª área e fazendeiros protestam na Funai

20/11/2013 – Atualizado em 20/11/2013

A 10 dias do fim do ultimato dado pelos ruralistas ao governo, tensão só aumenta dos dois lados

Por: Correio do Estado

Faltando dez dias para o fim do prazo dado pelos fazendeiros de Mato Grosso do Sul ao governo federal para encontrar um meio e pôr fim às invasões de terra, a tensão entre os donos das terras e os indígenas só aumenta. Ontem, um dia depois de mais uma fazenda ter sido ocupada em Dourados, pequenos produtores rurais e fazendeiros se uniram como forma de contra-ataque às recentes invasões indígenas em áreas rurais de Mato Grosso do Sul. A reportagem está na edição de hoje (20) do jornal Correio do Estado.

Os ruralistas cobram da Justiça os seus direitos e querem chamar a atenção para a falta de solução dos conflitos agrários. No começo do mês, os fazendeiros prometeram revidar as apropriações indevidas das terras caso o governo federal não tome providências.

Com faixas, apitos e ao som do Hino Nacional, cerca de 100 pessoas se reuniram em frente à Fundação Nacional do Índio (Funai) na Capital para cobrar uma solução do poder público. Elesinterrompiam o trânsito por alguns segundos e usavam palavras de ordem. Entre as faixas colocadas à mostra estavam dizeres como “Funai incentiva invasão e violência”, “Na mesa do brasileiro, o fruto do nosso trabalho”, e “Queremos plantar em paz”.

Dourados

Em Dourados, mais uma invasão que aumenta para 80 o número de áreas ocupadas por indígenas no Estado. Grupo de guaranis-kaiowás ocupa desde segunda-feira a fazenda Curral de Arame II, próximo ao anel viário do município. Eles são do acampamento Tekohá Ñu Verá e alegam que não há mais espaço no local para abrigar as 180 famílias. Esta é a segunda área invadida em menos de dois meses no município

Uma das lideranças, Chatali Benites, afirma que não tem o apoio da Funai e que eles precisam apenas de um espaço para plantar até que a situação do acampamento seja resolvida. A reportagem é de Beatriz Longhini.

Foto: Valdenir Rezende/Correio do EstadoEntrada do prédio da Fundação Nacional do Índio, na Capital, foi ocupada por fazendeiros

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