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domingo, 24 de agosto, 2025

“As empresas haviam informado que tudo estava regular” esclarece o Imasul

04/11/2013 – Atualizado em 04/11/2013

Após investigações profundas foi possível identificar que a Eldorado Brasil era a responsável pelo mal odor na cidade, ocorrido em setembro

Por: Rayani Santa Cruz

Romeu Campos recebeu em seu programa Linha Direta com a notícia a diretora do IMASUL (Intituto de Meio Ambiente de MS) Délia Villamayor, na entrevista foi esclarecido varios pontos pertinentes a investigação do mal cheiro na cidade no mês de setembro.

O mal cheiro foi sentido pela população Três-lagoense no dia 16 de setembro deste ano, mas somente nesta última semana que foi apontada a empresa responsável.

Délia Villamayor afirmou que nenhuma das empresas instaladas na cidade assumiu a autoria e isso gerou uma grande preocupação no órgão que logo iniciou as investigações.

Rede de Percepção de Odores

Villamayor explicou que existe uma rede de percepção de odores a RPO em cada empresa, essa rede é formada por voluntários moradores próximos a regiões das fábricas, “eles não tem vínculo com a empresa, são pessoas comuns, donas de casa, trabalhadores, que receberam um treinamento para detectar qualquer odor, ou seja eles tem noção quando é emitido um produto químico no ar e a responsabilidade deles é exatamente avisar tanto a empresa quanto o Imasul quando sentir qualquer fato estranho no ar” conclui a diretora.

Segundo ela existiram muitos fatores que atrasaram as investigações a primeira foi uma pequena falha no RPO, pois existem cerca de 65 voluntários e apenas 15 deles compareceram a uma reunião feita em decorrência do mal cheiro. Também não há constatação se esses voluntários teriam avisado as empresas no momento da emissão do cheiro desagradável.

“Foi apurado que a rede não estava funcionando da maneira como deveria, então decidimos reavaliar a escolha dos voluntários”.

Investigações

O Imasul possui um sistema interligado com outros órgãos públicos, como o Corpo de Bombeiros, PM, PMA, SAMU e etc. Então no momento que foi constatado o cheiro desagradável o Corpo de Bombeiros informou o instituto para averiguações.

Logo os fiscais começaram um trabalho de investigação entrando em contato com as empresas por telefone e logo pedindo relatórios de emissão de gases.
Como todas as industrias afirmaram estar funcionando corretamente a diretoria do Imasul resolveu fiscalizar o sistema operacional de cada uma, especialistas foram chamados para trabalhar na cidade e foi constatado que o mal odor seria causado por um produto químico de nome Metanol.

Três empresas ficaram na mira do Imasul por uso do Metanol: A Fibria, A Cargil e a Eldorado Brasil. Délia Villamayor explica que existem emissões “fugitivas” que saem pela chaminé da fabrica sem que alguém perceba, isso muitas vezes ocorre por erro operacional.

O trabalho de fiscalização foi completo: dados das estações metrológicas foram analisados e dentre as três empresas, apenas a estação da Eldorado constava alterações. Foi feito uma rota de odor que apontava para a industria.

Além disso o RPO da empresa não funcionava corretamente e a região próximo a industria foi a que houve maior número de reclamações por parte dos moradores. “A rota do odor foi traçada a partir do cruzamento de informações obtidas junto ao Corpo de Bombeiros, Samu, polícias e secretarias de Meio Ambiente e Saúde. Em seguida, analisamos os dados das três estações de monitoramento da qualidade do ar: Parque São Carlos, da Fibria; no Senai, da Petrobras e outra na 1ª DP, da Eldorado, sendo que esta foi a que apresentou alterações, assim como aquela região foi onde mais reclamações foram registradas”, esclareceu.

Notificação

A Eldorado Brasil foi notificada e multada no valor de RS 270 mil reais, segundo Villamayor na legislação brasileira não há parâmetros para odor então foi necessário analisar se as normas ambientais estavam sendo cumpridas.

Foi constatado que houve erro na queima do combustível quando exalou-se o produto Metanol, a rede de percepção de odores da empresa não estava funcionando corretamente; os incidentes de evaporação não estavam corretos.

Délia Villamayor diz que esse dinheiro vai para o caixa único do Estado para investimentos e que o Imasul se preocupa em orientação e principalmente na correção dos erros por parte da empresa para que não haja danos a população.

Romeu Campos entrevista Délia Villamayor diretora do Instituto de Meio Ambiente do MS.

Délia Villamayor afirma que nenhuma empresa se responsabilizou pelo mal odor.

Eldorado Brasil foi responsabilizada após um mês de investigações pelos técnicos e fiscais do Imasul.

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