01/10/2013 – Atualizado em 01/10/2013
Por: Dourados News
O guardador de carros José Fernandes de Freitas, 36, que permanece preso no 1º Distrito Policial acusado de ter matado um bebê de cinco meses por espancamento, já foi protagonista de vários problemas, conforme informado pela gerência comercial do Shopping Avenida Center, onde ele ‘mantinha’ uma equipe de guardadores de carro desvinculado do centro comercial.
Segundo o gerente Robson Braga, o shopping chegou a fazer várias queixas junto à Guarda Municipal e também à Polícia Militar, após relatos de clientes que se sentiam incomodados com a ação de Freitas.
“Sempre tivemos vários problemas e fizemos queixas, porque ele agia na via pública então o shopping não tinha poder sobre isso. Já teve casos em que ele ameaçou funcionários de lojas, reclamações de clientes por causa de constrangimentos causados por ele, que nunca teve vínculo algum conosco”.
Além disso, conforme relatado por Braga, houve situações em que Freitas teria tentado entrar no shopping fora do horário de atendimento, criando problemas com a segurança, e mostrando um comportamento agressivo.
“É difícil apontar o que seria, se era consumo de bebidas alcoólicas ou qualquer outra coisa, mas a verdade é que ele apresentava sim um comportamento fora do normal em alguns momentos. Mas a questão é que ele causava problemas aqui, e estava fora do nosso alcance, porque ele agia em via pública. O que a gente pode fazer, que foram as queixas, fizemos”, finalizou Braga.
O caso
Freitas foi preso em flagrante ontem (30) acusado de homicídio, depois de se tornar o principal suspeito da morte de um bebê de cinco meses que faleceu após dar entrada no HU (Hospital Universitário) com suspeitas de espancamento por conta de várias lesões, fraturas, e traumatismo craniano.
Segundo apurado pela polícia, o acusado teria recrutado Katiuscia Juliethi de Oliveira de 28 anos, mãe do bebê e ex-viciada, para trabalhar para ele, e deixou ela morar na casa dele junto com a esposa e mais duas crianças. Ainda segundo a polícia, testemunhas disseram que quando a mãe da criança saia para trabalhar, Freitas ficava em casa com ela e por diversas vezes a agrediu.
Katiuscia vai responder pelo crime de omissão, mas em liberdade, pois na hora que acionou a equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), disse que o bebê tinha caído do berço.



