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Mundo, eterno mundo

Geral – 17/02/2012 – 10:02

“Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar”, cantava Carmen Miranda no choro de Assis Valente E o mundo não se acabou, de 1938, título que a depender do interlocutor ou da circunstância à sua frente pode ser decepcionante.

Comenta-se o fim do planeta ainda em 2012. Com direito a programa na TV Globo e reportagens nas folhas e telas cotidianas.

Não recomendo que se saia beijando “a boca de quem não devia”, como confessava Carmen. O mais provável é que continuemos por aqui muito tempo. Afinal, precisamos aguardar o término da prometida “reforma de gestão” no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Bom seria se a promessa do atual ministro Mendes Ribeiro (PMDB-RS) acontecesse. Ainda mais em terras tão produtivas como as daqui e tempos de embargos tão bicudos e bovinos como os de lá.

Ações protecionistas, sejam elas no sentido que forem, precisam respostas e resoluções rápidas, embasadas em estruturas de governo especializadas no assunto.

Meu otimismo com a continuidade do planeta não se repete, porém, em relação à reforma do agro ministério. Até porque reforma é uma ação muito leve diante de suas carências atuais.

Reformas ocorrem para não se sair do lugar. O MAPA deve transformar-se. Na pior das hipóteses, mudar.

Até agora o feito limitou-se à troca de pessoas de cargo. Pior, de forma endógena, em escalões inferiores, e sem melindrar os balcões do acordo de partidos. Que profundidade de gestão há em passar o subsecretário de Relações Internacionais do Agronegócio para as Negociações Sanitárias e Fitossanitárias? Um pires? Por acaso, o ministério ficará menos moroso agora que o diretor de Cana-de-açúcar e Agroenergia assumiu a subsecretaria de Produção e Agroenergia? Usain Bolt na parada?

Organizações complexas, públicas ou privadas, para ganharem eficácia e leveza precisam de transformações estruturais em que métodos, ferramentas e normas sejam trocados e adaptados às novas necessidades. Muito maiores do que as que haviam no século passado. Há instituições especializadas em fazer isso direitinho. Conseguem verdadeiros milagres nas empresas privadas, muito por que estas são movidas pelo lucro. Invariavelmente se encrencam na administração pública.

Tanto que no MAPA é provável que encontremos gavetas lotadas de planos de reestruturação feitos no passado e nunca implantados.

Daí ser difícil responder ao caro leitor que escreveu à coluna para ponderar sobre os motivos que impedem os agricultores de usarem produtos de baixos custos e menos prejudiciais ao ambiente e à saúde.

“Não existe suporte ao produtor para que ele mude suas práticas. Não existe determinação de governo para isso. Não existe absolutamente nada que o dirija a esse rumo e que apresente a ele uma alternativa diferente da existente atualmente”.

Verdade, como também o é o fato de o leitor pedir “mais acesso das empresas fabricantes aos agricultores, trabalhos de extensão rural, redução de impostos, estímulo às pesquisas”.

Para isso, meu caro, precisaríamos de uma revolução, e não de uma reforma que exulta por que trocará o presidente da CONAB por alguém mais próximo do atual ministro.

Números desparafusados

O brasileiro José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, declarou em reunião para executivos do agronegócio, em Genebra, Suíça, que não será necessário aumentar a produção de alimentos em 70% para atender a população mundial em 2050. Bastarão 60%.

José Sebastião do Nascimento, pequeno agricultor de Algodões do Nordeste (PE), ficou confuso sobre como conduzir sua lavoura de agora em diante.

Fonte: Terra.com

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