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Audiência pública subsidia texto do Estatuto da Pessoa com Deficiência

20/09/2013 – Atualizado em 20/09/2013

Por: Assessoria

Representantes de entidades ligadas à defesa dos direitos das pessoas com deficiência em Mato Grosso do Sul, lideranças comunitárias, deputados estaduais e federais se reuniram na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (19), durante a audiência pública Estatuto da Pessoa com Deficiência – Quem Constrói é Você. O evento, que foi traduzido em tempo real para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), foi uma iniciativa da Casa de Leis e dos deputados federais Geraldo Resende (PMDB-MS) e Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), membros da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Câmara Federal. Os deputados Pedro Kemp (PT), Paulo Corrêa (PR) e Mara Caseiro (PTdoB) representaram a Assembleia Legislativa.

Kemp lembrou que, a exemplo do Estatuto do Idoso, a proposta de Estatuto da Pessoa com Deficiência, que está em discussão no Congresso Nacional, deve garantir os direitos de forma efetiva. “As pessoas com deficiência devem ser ouvidas, bem como seus familiares e cuidadores e o texto final do estatuto deverá retratar a realidade delas e efetivamente ser cumprido”, disse. Corrêa ressaltou a relevância da audiência. “Estamos aqui em nome dos demais deputados estaduais e todos aqui na Casa de Leis damos apoio amplo e irrestrito a este debate tão importante”, afirmou. Já Mara Caseiro, agradeceu a participação dos representantes das entidades. “É fundamental que todos estejam aqui para debater e fazer suas sugestões, ajudando a construir o estatuto”, analisou.

O deputado Geraldo Resende também agradeceu a participação das entidades. “Afinal, são vocês que sabem da realidade do dia a dia de quem tem alguma deficiência”. Segundo o deputado federal Mandetta, o estatuto não será um compilado de leis já existentes para assegurar os direitos das pessoas com deficiência. “O estatuto vai avançar na garantia dos direitos e será universal, mas atento às questões específicas que envolvem a vida de todos que têm algum tipo de deficiência”, disse.

Mandetta informou que as discussões iniciais para a elaboração do texto se basearam na carência de serviços públicos para atender às diferentes necessidades de deficientes visuais, cadeirantes, autistas, portadores da Síndrome de Down, entre outros. “Vemos que há necessidade crescente entre a população e justamente por isso o estatuto vai trazer soluções práticas, que têm a ver com o dia a dia das pessoas, com a acessibilidade, com o acesso ao estudo e ao trabalho, entre outras questões”.

O presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Paulo Sérgio Moreno de Jesus, lembrou que os portadores de deficiências devem ter o direito de escolha assegurado e citou o papel da educação especial. “As famílias devem poder escolher onde seus filhos devem estudar e as pessoas com deficiências também devem ser ouvidas”, disse. Para o desembargador Nery Sá e Silva de Azambuja, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MS), as discussões com relação à elaboração do estatuto representam um avanço na organização até mesmo das entidades ligadas à luta pelos direitos e um passo a mais na direção da autonomia da pessoa com deficiência. “Hoje estamos organizados e temos voz, mas vale sempre lembrar que só é respeitado quem é produtivo”, disse. “Também devemos ter deveres, para contribuir com o avanço social”, analisou.

texto do Estatuto da Pessoa com Deficiência – Projeto de Lei 7699/06, do Senado Federal, deverá ser votado no plenário da Câmara Federal ainda este ano. Depois de instituído, o Estatuto da Pessoa com Deficiência deverá assegurar os direitos de cadeirantes, deficientes visuais e auditivos, autistas e todos aqueles que necessitam de acessibilidade e atenção especial. Atualmente, vivem em Mato Grosso do Sul meio milhão de pessoas com algum tipo de deficiência, número que representa 21,51% da população do Estado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Casa cidadã – O pastor e pai de três jovens com deficiência, Sergio Nogueira, destacou que o debate foi um passo para o esclarecimento. “Vejo com bons olhos convidar a sociedade para o debate e aqui estão profissionais, pais e deficientes para partilhar sua realidade no dia a dia e assim colaborar com um estatuto”. Segundo ele, “a Assembleia está cumprindo com o seu papel e é muito importante que este documento esteja sendo construído de forma a se adequar ao cotidiano da pessoa com deficiência”.

Já a coordenadora pedagógica da Federação Nacional das Apaes, Fabiana Oliveira, ressaltou que o envolvimento da Assembleia Legislativa é muito importante e auxilia na garantia de que o estatuto vire lei. “Trazer a discussão para a Casa de Leis mostra sensibilidade, porque não adianta fazer a lei para inclusão sem ter o conhecimento da causa, sem buscar informações com as pessoas que fazem parte desta realidade”.

 Composição da mesa de autoridades,da esquerda para a direita: coordenadora de proteção social especial da secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social, Marlene Spósito; deputado estadual Paulo Corrêa (PR); deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS); deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS); deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB); presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Paulo Sérgio Moreno de Jesus; deputado estadual Pedro Kemp (PT) e o desembargador federal, Nery Sá e Silva de Azambuja.

Deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB); presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Paulo Sérgio Moreno de Jesus; e deputado estadual Pedro Kemp (PT).

Deputado estadual Paulo Corrêa (PR); deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS); e deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS).

 Deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS); deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS); e deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB).

 Representantes de entidades participaram da audiência pública no plenário Deputado Júlio Maia.

A audiência pública foi traduzida, em tempo real, para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).

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