18/09/2013 – Atualizado em 18/09/2013
Por: Andradina Virtual
Mais frequente nos grandes centros urbanos, o casamento gay chegou a municípios de pequeno porte. Em busca de segurança jurídica e sem medo de viver publicamente o amor, duas mulheres oficializaram a união no dia 13 de setembro em Castilho, na região de Araçatuba. No dia 14 de setembro, foi a vez de outro casal do sexo feminino trocar alianças em Piacatu. Foram os primeiros casórios desta natureza registrados nas duas localidades.
Depois de oito anos vivendo na mesma casa, a frentista Cristiane de Oliveira Lins, 34 anos, e a dona de casa Cristiane Aparecida Alencar Lins, 30, reuniram parentes e amigos no cartório de Castilho e, na frente do juiz, responderam “sim” para o sonho do casamento. “Ela é minha companheira e já construímos uma vida. Quero que ela tenha todos os direitos que a lei sempre deu para os casais heterossexuais”, explica a frentista.
Cristiane de Oliveira já tem uma filha de oito anos de idade, que vive com o casal. Conforme a mãe, o desafio agora é ensinar a menina a lidar com o preconceito da sociedade. “Eu e a Cris preparamos ela sobre como responder e agir em caso de piadinhas na escola. Nossa casa, inclusive, como a de qualquer família, tem muitas regras a serem seguidas”, diz a frentista.
CARA-METADE
Para a dona de casa Angélica dos Santos Pires, 23, e a calçadista Jéssica Silva dos Santos, 20, o casamento veio mais rápido. Depois de nove meses de namoro, elas assinaram a certidão civil de casamento em Piacatu. “Estamos muito felizes e isso é só o início de uma longa história de amor”, disse Angélica, que tem uma filha de sete anos. Jéssica é mãe de um menino de três anos e todos estão vivendo na mesma casa. “Espero que outros casais sejam felizes como nós. A efetivação do casamento homoafetivo na sociedade brasileira permitiu que eu cassasse com a mulher da minha vida”, comemora Jéssica.



