23/08/2013 – Atualizado em 23/08/2013
O aposentado de 62 anos esperou quase um ano por uma consulta para fazer um exame pelo SUS
Por: Midia Max
O aposentado Orlando Rosa Terra de 62 anos, morreu devido a causas cardiovasculares, após esperar por quase um ano, por uma consulta para fazer um exame de cintilografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Campo Grande.
“Morreu aqui dentro de casa, diz apontando ao chão, estourou uma artéria dele, eu vi ele vomitar quase todo o sangue do corpo”, conta a aposentada Olinda Terra e 69 anos.
Segundo Olinda, irmã da vítima, o pedido para a consulta foi em fevereiro de 2012, no Hospital São Julião. Orlando morreu em novembro do mesmo ano, e no mês passado ligaram a central de regulação ligou para Olinda dizendo que o exame estava marcado.
A aposentada que agora mora sozinha também aguarda por um exame de ginecologia cirúrgica desde maio, por conta de um cisto no ovário. Olinda também aguarda há mais de um ano, por um ultrassom no ombro.
Ainda de acordo com ela, o aumento no ovário começou há quatro anos, porém como os médicos não quiseram fazer nenhum procedimento e só tratamento com remédio, hoje o cisto de acordo com Olinda está com aproximadamente 6 cm.
“Quando ligam (Central de Regulação) toca duas vezes. Quando retorno dizem que é muita gente e não sabe quem ligou e tem esperar ligar de novo. Se estou na rua? Ou no ônibus? Até eu abrir a bolsa não consigo atender”, conta.
“Tem que ser corrigido por causa de outras pessoas, pra não acontecer a mesma coisa com o meu irmão”, diz.
Toda essa regulação para exames e consultas são feitas pelo Controle e Avaliação de Campo Grande, da Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande). A assessoria de imprensa da prefeitura pediu para que enviasse por e-mail, os dados do paciente e o prontuário para verificar a demora.
