19/08/2013 – Atualizado em 19/08/2013
Funcionários de uma mineradora se mobilizam por melhores salários
Por: Tribuna MS
Alegando falta de diálogo, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Siderúrgicos de Corumbá, Johans Rogério Pinho Loureiro, anunciou a partir dessa segunda-feira (19) a paralisação por tempo indeterminado dos funcionários da Vetorial Siderurgia, empresa ligada ao ramo de siderurgia, na exploração de minério em Corumbá, cidade localizada na região oeste do Estado e distante da Capital a 430 quilômetros, onde a mesma explora 360 mil toneladas de ferro guza por ano.
Conforme o Presidente da categoria, o sindicato cobra melhorias salariais e incorporação de benefício para os 250 trabalhadores da siderúrgica, cuja data base é o dia 1º de julho.
Hoje, no primeiro dia de mobilização, os trabalhadores não entraram na empresa e os veículos que fazem o transporte da produção da usina só voltarão a circular após o encerramento da mobilização.
Segundo o presidente do Sindicato, Johans Rogério Pinho Loureiro, a negociação já vem se arrastando há 90 dias com a empresa e a resposta enviada á categoria, não foi a esperada e bem abaixo daquilo que a categoria pleiteia.
“Nos mandaram uma contraproposta de 6%, que é abaixo da inflação. Reivindicamos 13% para nossa categoria, que é aumento real, e a empresa ainda quer cortar benefícios, como a nossa cesta básica. Querem passar o nosso cartão alimentação para R$ 230 e, dentro disso, compondo o vale gás. Hoje, nossa cesta básica e o vale gás somam 290 reais e querem baixar para 230″, informou.
Conforme ainda informações colhidas pelo site Diário, o dirigente sindical apontou as dificuldades em dialogar com a empresa e nem mesmo as negociações realizadas no Ministério do Trabalho, na Capital do Estado, serviram para alavancar o diálogo.
“Tivemos mesa redonda no Ministério do Trabalho em Campo Grande e não houve negociação. A empresa não se dispôs a negociar. Nossa greve é por prazo indeterminado”, afirmou.
A paralisação foi decidida em assembléia realizada dia 5 de agosto e na ocasião, ficou acertado que, para que o serviço não parasse por completo, a siderúrgica manteria em atividade funcionários do turno anterior e em relação a essa posição por parte da empresa, Johans revelou que tem funcionário trabalhando há mais de 12 horas sendo impedido pela empresa de deixar o local.
O movimento grevista está concentrado na estrada de acesso à empresa, na região de Antônio Maria Coelho, distante cerca de 40 quilômetros da área urbana corumbaense. Os grevistas posicionaram um caminhão atravessado na pista para impedir a entrada na siderúrgica.
Por outro lado, a empresa informou que ainda hoje, está sendo aguardado um diretor da mesma que vem com a responsabilidade de negociar com os grevistas. Além dessa incumbência, o referido diretor é, conforme as informações preliminares, o único funcionário autorizado a falar com a imprensa.
