08/08/2013 – Atualizado em 08/08/2013
Por: Assessoria
A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde Pública, participa da Campanha de Mobilização Nacional contra a Leishmaniose, promovida pelo Ministério da Saúde, no período de 5 a 10 de agosto.
A mobilização consiste na intensificação das ações, “que realizamos continuamente junto à população, por meio das nossas equipes de Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Combate a Endemias e de Educação em Saúde e do CCZ – Centro de Controle de Zoonoses”, ressaltou a secretária de Saúde, Eliane Brilhante.
“Assim como nas ações de combate à Dengue, as ações contra a Leishmaniose têm resultados, quando podemos contar com o apoio e a participação de todos”, lembrou Eliane Brilhante.
Na mobilização contra a Leishmaniose, haverá a participação de todo o Setor de Controle de Vetores, CCZ e o Setor de Educação em Saúde, com ações específicas de alerta, conscientização e de prevenção, como informou a diretora de Vigilância e Saneamento, Neide Hiroko Yuki.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Na mobilização contra a Leishmaniose, a equipe de Educação em Saúde estará percorrendo Escolas, Igrejas, Associações de Moradores e outras entidades “para conscientização da responsabilidade que todos temos na luta contra a doença”, informou Neide.
Juntamente com as palestras, a equipe também estará distribuindo panfletos educativos, para orientar e ampliar os conhecimentos sobre a Leishmaniose, sintomas no homem e nos cães e, “principalmente, os cuidados que as pessoas devem ter com a limpeza de seus quintais, não deixando armazenar folhas, frutas caídas no chão, madeira velha e outros tipos de materiais em decomposição, propícios à formação de criadouros do mosquito, vetor da doença”, ressaltou a diretora de Vigilância e Saneamento.
CONTROLE DE VETORES
Por sua vez, a equipe do Setor de Controle de Vetores está dando início ao trabalho de borrifação no combate ao vetor da Leishmaniose Visceral. O primeiro ciclo será iniciado no dia 2 de setembro e se estenderá até 31 de dezembro, nos seguintes bairros, divididos por setores: Nossa Senhora Aparecida “D” (setor 1); Vila Piloto e Vila Piloto “A” (setor 2); Paranapungá “A” e Paranapungá “C” (setor 3); Parque São Carlos “C” e Parque São Carlos “D” (setor 4); e no setor 4, os bairros Vila Haro “A”, Jardim Maristela e Jardim Maristela “A”.
O segundo ciclo de borrifação contra o mosquito palha ou birigui, como também é conhecido, está previsto para começar em 2 de janeiro de 2014, com previsão de terminar em 30 de abril de 2014.
Além dessa programação, a equipe de Controle de Vetores, ao tomar ciência do registro de casos positivos de Leishmaniose, de imediato é convocada para borrifação do local e num raio de nove quadras.
CONTROLE DE ZOONOSES
A equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), coordenada pelo médico veterinário Antônio Luiz Teixeira Empke, também tem participação importante nesta Semana de Mobilização Nacional contra a Leishmaniose.
As ações em andamento e as de rotina, como palestras de guarda responsável de animais, censo canino, coleta de amostras de sangue para exames e retirada de animais doentes serão intensificadas nesta semana.
“Como medida de controle da doença e a pedido do dono do animal, quando o resultado do exame é positivo, o cão ou o gato doentes são sacrificados”, explicou Antônio Empke.
Além dessas ações de rotina do CCZ, “está agendada Audiência Pública, na Câmara Municipal, no próximo dia 2 de setembro, para ampla discussão e esclarecimentos sobre a Leishmaniose e medidas que precisam ser adotadas para o controle da doença em Três Lagoas”, anunciou o médico veterinário do CCZ.
A DOENÇA
Conforme consta em amplo material de educação e divulgação dos Órgãos Públicos de Saúde (municipais, estaduais e Ministério da Saúde), a Leishmaniose é causada “por um protozoário e os cães podem ficar infectados por vários anos sem apresentarem sinais clínicos. Estes animais são fontes de infecção para o inseto transmissor, e, portanto, um risco à saúde pública”.
A única forma para diagnóstico seguro da doença e não confundi-la com outras é por meio de exames laboratoriais específicos. Normalmente, quando os cães são contaminados por Leishmaniose apresentam os seguintes sintomas: apatia, lesões de pele, queda de pelos (inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas), emagrecimento, conjuntivite e crescimento anormal das unhas.
Se o mosquito palha ou birigui, como é conhecido, picar o animal contaminado, ele pode também transmitir a doença às pessoas. A transmissão da doença somente se dá através da picada do mosquito fêmea.
Os principais sintomas da Leishmaniose Visceral Humana são: febre contínua com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia e sangramentos na boca e nos intestinos.
Além da Visceral, a Leishmaniose em humanos também pode manifestar-se de forma Tegumentar, “conhecida popularmente pelos nomes: “úlcera de bauru”, “nariz de tapir” e “ferida brava”, e caracteriza-se por apresentar feridas indolores na pele ou mucosas do indivíduo afetado”, como explica o médico Drauzio Varela.
“Ao ferroarem um indivíduo, este pode desenvolver a ferida em cerca de dez dias a três meses, caso o vetor esteja sendo hospedeiro desses protozoários. A lesão terá suas características influenciadas pela espécie do Leishmania e condições imunológicas da pessoa, ocorrendo frequentemente nas regiões do corpo descobertas pela roupa”, orienta Drauzio Varela.
Em Três Lagoas, em 2013, segundo foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, foram registrados dois casos positivos da Leishmaniose Tegumentar e três casos da Leishmaniose Visceral, resultando um deles em morte.
