02/08/2013 – Atualizado em 02/08/2013
Gerente de recuperação e utilidades da Fibria fala sobre Eficiência Energia na 1ª Semana de Celulose e Papel de Três Lagoas
Segundo Fernando Raasch Pereira, a eficiência energética está ligada ao uso consciente da energia
Por: Fibria
Com o tema Eficiência Energética – Conceituação e Aplicação em Indústrias, o gerente de recuperação e utilidades da Fibria em Três Lagoas, Fernando Raasch Pereira, foi um dos palestrantes no segundo dia da Primeira Semana de Celulose e Papel de Três Lagoas.
O evento é realizado pela Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTC), e tem o objetivo de proporcionar palestras e debates sobre o panorama geral da produção de celulose e papel.
Durante sua palestra, Pereira explicou o conceito de eficiência energética e relembrou fatos históricos do Brasil relacionados ao consumo e geração de energia e desenvolvimento do país.
Uso da Biomassa
A produção de celulose na Fibria é baseada em uma matriz energética sustentável e a energia elétrica é gerada a partir da queima de combustível renovável (biomassa sólida e líquida), que é queimado em caldeiras para a geração de vapor. O vapor antes de ser utilizado nos diversos processos passa por dois conjuntos de turbinas e geradores que proporcionam a geração de energia elétrica. “A biomassa líquida nada mais é do que a lignina que é extraída da madeira no processo de cozimento da mesma e a sólida é composta de cascas e lascas de madeira que são geradas durante o processo de descascamento e picagem da madeira que servirá como matéria prima para a produção de celulose”, explica o gerente.
A Fibria, desde o início de 2013, elevou sua produção de energia excedente, após autorização da ANEEL, de 30 para 50 megawatts/hora. Isso foi possível a partir de pequenas correções no projeto original da fábrica, possibilitando maior aproveitamento da biomassa sólida gerada no processamento da madeira. Com isso, a Fibria/MS sai de uma geração de 120 para aproximadamente 140 megawatts/hora. Desse total de energia, 90 megawatts/hora abastece a produção da Fibria e da International Paper, e o excedente é disponibilizado no Sistema Nacional. Como curiosidade, esse
excedente é suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 200 mil habitantes.
Ganhos com a queima da biomassa
Segundo Pereira a energia elétrica é um insumo de altíssimo custo e a não geração desta, em uma planta de celulose, inviabilizaria o negócio. Apesar da Fibria produzir a sua própria energia, o principal ganho não é monetário, mas sim ambiental. “O ganho contextualizado fica por conta do atendimento da demanda de energia elétrica a partir de combustíveis totalmente renováveis e gerados no próprio processo de produção de celulose a partir de sua matéria prima que é a madeira. A queima de biomassa, pela própria composição físico química, proporciona uma menor emissão de poluentes atmosféricos quando comparado, por exemplo, à queima de óleo e isto, inclusive, é considerado na questão da política de crédito de carbono”.
Sobre a Fibria
Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria possui capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, com fábricas localizadas em Três Lagoas (MS), Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA), esta última onde mantém a Veracel em joint venture com a Stora Enso. Em sociedade com a Cenibra, opera o único porto brasileiro especializado em embarque de celulose, Portocel (Aracruz, ES).
Com uma operação integralmente baseada em plantios florestais renováveis, a Fibria trabalha com uma base florestal própria de 967 mil hectares em áreas localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia, dos quais 341 mil são destinados à conservação ambiental. A Fibria mantém 17.785 trabalhadores, entre empregados próprios e terceiros permanentes, incluindo Portocel, e está presente em 255 municípios de sete Estados brasileiros.

