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Acareação na CPI da Saúde ‘queimou de vez o filme’ de reitora da UFMS

05/07/2013 – Atualizado em 05/07/2013

Por: Midia Max

A recusa de Celia Maria de Oliveira, reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em admitir ter “poder” sobre o Hospital Universitário de Campo Grande foi considerada inadmissível por vereadores, líderes sindicais e representantes da saúde estadual.

Em acareação realizada na tarde de quinta-feira (5), Celia reiterou por diversas vezes que quem mandava no HU era José Carlos Dorsa, ex-diretor do hospital, que saiu do cargo após a Operação Sangue Frio da Polícia Federal, que revelou escândalo de desvio de verbas do SUS (Sistema Único de Saúde) e desmantelamento da rede pública de saúde.

“É inadmissível que a autoridade máxima de uma instituição como a UFMS, que é responsável pelo HU, afirme que não tinha nenhum controle sobre o hospital”, disparou o vereador Flávio César (PT do B), presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde da Câmara Municipal de Campo Grande.

A reitora alega que o ex-diretor tinha autonomia para gerir recursos do HU e que, por muitas vezes, ela somente assinava embaixo. Celia chegou a dizer que assina “muitos documentos” todos os dias, e que desconhece os detalhes de todos.

Presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ricardo Bueno, acredita que é difícil entender a defesa da reitora. “Tudo passa por ela, como pode dizer que não sabia de nada”, frisou.

Pela opinião de quem acompanhou a acareação, realizada na CPI da Saúde, Célia foi a que saiu mais “queimada” do encontro com Dorsa e com a física médica do serviço de radioterapia do Hospital Universitário, Regina Borges Prestes César.

“Não é possível que a reitora não saiba de nada. Tenho certeza de que ela também tem sua parcela de culpa nos desmandos do HU, ela tem parcela de responsabilidade sim”, afirmou Alexandre Costa, presidente do Sintss (Sindicato da Seguridade Social), reforçando que o HU é subordinado à UFMS.

Comprovação

Presidente da CPI da Saúde, o vereador Flávio César garantiu que houve “grave, clara e intencional negligência da reitora da UFMS nos escândalos envolvendo o HU”.

“Já podemos comprovar que houve sucateamento da oncologia do HU, e tudo indica de que até certo ponto isso foi intencional”, explicou o parlamentar.

Flávio César informou que, com base em documentos e depoimentos colhidos na CPI, é fácil identificar uma rede de influências, que envolveria também o médico Adalberto Siufi, ex-diretor do Hospital do Câncer e dono da Neorad.

A CPI vai agora tirar alguns dias para analisar toda a documentação recebida, como da Polícia Federal, e também os depoimentos ouvidos.Foto: Midia Max

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