Geral – 12/02/2012 – 10:02
Uma das maiores atrações da Campus Party Brasil, maior feira de tecnologia do mundo, é o campeonato de “Casemod”, no qual os campuseiros – participantes que acampam no evento – inscrevem seus computadores. A prática “geek” consiste em modificar o gabinete de um PC e transformá-lo de uma caixa sem graça em uma supermáquina. Nas mãos dos talentosos artistas nerds, os computadores ficam irreconhecíveis.
O termo “Casemod” é originado da língua inglesa, formado pela junção de duas palavras em inglês que significam “caixa” e “modificação”. O hobbie, que virou moda por aqui, transforma todos os anos o saguão da Campus Party em uma enorme exposição de arte geek.
Este ano, na competição, existem dois candidatos fortes, um super-herói e um supervilão. Quem fez a incrível máquina com o busto do Coringa, vilão das histórias do Batman, foi Maciel Barreto, que veio de Itajuípe, interior da Bahia. Para ele, o objetivo é mostrar que o computador pode ser muito mais do que uma caixa preta. “Escolhi o Coringa com o objetivo de chocar e mostrar que essa máquina é muito mais potente do que um computador comum”, conta.
Talvez o único competidor que seria páreo para o Coringa seja o Homem de Ferro em tamanho natural, que já virou uma estrela, aparecendo em fotos no Facebook de centenas de campuseiros. “Já perdi até a voz, de tanta gente que vem falar comigo, mas não ligo”, conta o criador Alexandre Ferreira de Souza. “Também não me importo com a competição, o importante é interagir, conhecer pessoas e divulgar meu trabalho”, diz o analista de suporte e artista plástico, que levou 10 meses e gastou R$ 5 mil na construção de seu case.
Bruno Garcia, desenhista industrial, escolheu a famosa máscara de Guy Fawkes, símbolo das novas revoluções digitais e dos “Anonymous”, comunidade on-line descentralizada e responsável por dezenas de protestos. “Eles estão em alta”, diz Bruno, que jura não fazer parte do grupo. “Não participo do Anonymous, mas se participasse não ia contar”, ri o desenhista de 25 anos.
Outros heróis que pintaram este ano foram o Lanterna Verde, no computador de Luís Henrique Nihues, que veio do Mato Grosso do Sul, e o Capitão América, feito por Douglas Cunha, do Rio de Janeiro.
Apesar da competição dura, no quesito elegância o case do comerciante Omar Majzoub dá um show. O tema escolhido foi o filme “O Poderoso Chefão” (1972). “Todo mundo gosta do filme e mesmo quem não gosta conhece”, explica Omar, participante das cinco edições.
Últimos dias de evento com atividades grátis
Quem quiser visitar a Campus Party 5 deve correr. O evento acaba neste domingo e oferece dezenas de atividades gratuitas na Zona Expo. As atrações envolvem desde estandes de empresas, que expõem suas novidades tecnológicas, espaços de projetos sociais, oficinas de inclusão digital, até palestras e sorteios de prêmios. Além do Campus Futuro, que tem a proposta de mostrar as novidades tecnológicas. Ali, os visitantes poderão conferir produtos, projetos e pesquisas, demonstradas pelos artistas e desenvolvedores.
Além disso, os curiosos podem jogar videogames, usar a internet e participar de diversas atividades interativas.
Para os geeks que não vão poder comparecer ao evento, existe uma solução: a Campus Live, que transmite ao vivo, no site www.campus-party.com.br, as principais atrações . O espectador, além de acompanhar, pode participar das atividades através das redes sociais. “Nosso objetivo é permitir que um número maior de pessoas tenha acesso ao conhecimento disponível aqui”, conta a Diretora de Marketing da Futura Networks do Brasil, Daniela Costa, responsável pela realização da Campus Party 2012.
A Zona Expo é gratuita, fica aberta das 10h às 21h até este domingo, no Centro de Exposições Anhembi, na Avenida Olavo Fontoura.
Fonte: diariosp.com.br


