Internacional – 22/05/2013 – 08:05
Homem carrega refrigerador em carro de Havana Foto: Franklin Reyes / AP
O Globo,Com agências internacionais
Tamanho do texto A A A
HAVANA – O governo de Cuba liberou nesta terça-feira a importação de eletrodomésticos como ar condicionados, refrigeradores, micro-ondas, aquecedores de água, torradeiras e ferros de passar roupa, acabando com um banimento que existia desde 2005. Cada cubano pode trazer dois desses produtos por pessoa ao país, desde que não tenha intenções comercias.
Apesar da liberação, a lista de itens aprovados tem restrições: os ar condicionados comprados devem ter menos de uma tonelada, fornos não podem consumir mais de 1,500 watts, aparelhos de micro-ondas não podem gastar mais de 2,000 watts e motores não podem atingir uma velocidade maior que 50 quilômetros por hora. A blogueira e ativista cubana Yoani Sánchez comentou o assunto em seu Twitter (@yoanisanchez) e acrescentou que os itens já eram comprados por cubanos de forma ilegal pela internet.
“O governo de Cuba autoriza a importação de eletrodoméstico que há anos eram comprados de forma ilegal pela internet”, afirmou. “Aceitar o inevitável, legalizar o que não se pode impedir… é a chave para se entender essas flexibilizações.”
As novas regras começaram a valer após a publicação da decisão no Diário Oficial da União, nesta terça-feira. O banimento da importação dos produtos aconteceu em 2005, quando o governo argumentou que os eletrodomésticos consumiam energia demais para uma ilha que vivia uma crise energética. O então presidente Fidel Castro lançou uma política chamada Revolução Energética, que proibia a compra dos produtos e lançou medidas de redução de consumo.
Já sob o comando de Raúl Castro, eleito em 2008, Cuba iniciou políticas de atualização no modelo do país. No início de 2013, o governo liberou a importação de artigos como alimentos, materiais de construção, ferragens, em um total de 168 produtos.
Raúl assumiu depois que seu irmão Fidel teve que deixar a Presidência. Em fevereiro deste ano, ele ganhou eleições para um segundo mandato de cinco anos.
Fonte: Extra