17.5 C
Três Lagoas
segunda-feira, 7 de julho, 2025

Eldorado Celulose planeja terminal próprio em Santos

Economia – 09/02/2012 – 16:02

A Eldorado Brasil Celulose e Papel planeja construir um terminal no porto de Santos exclusivo para exportação. A instalação embarcará toda a celulose produzida na fábrica que a empresa está erguendo no município de Três Lagoas (MS). Quando pronta, a unidade fabril terá capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas por ano. A previsão é que esteja operacional até o fim de novembro.

O projeto de um terminal em Santos integra um plano de investimento de R$ 6,2 bilhões da Eldorado para produzir e escoar sua produção. A infraestrutura logística para transpor os 800 km entre a fábrica e o cais contará ainda com mais três terminais e responderá por aproximadamente 8% do total de investimento previsto.

O primeiro terminal ficará na origem: um porto fluvial próprio nas proximidades da fábrica, às margens do rio Paraná, com oferta para movimentar 4 milhões de toneladas anuais. O processo de licenciamento do porto está no fim. No meio do trajeto serão erguidas duas instalações multimodais: um terminal rodoferroviário em Aparecida do Taboado (MS) e outro ferrofluvial em Pederneiras (SP).

A celulose será transportada até o porto de Santos por trens. “Não vamos ter modal rodoviário, isso será um tremendo ganho para o porto”, afirma o gerente executivo de logística da companhia, Alvaro Ivan Bunster. Os vagões que serão utilizados terão capacidade para levar 88 toneladas de fibra. Atualmente, o maior do mercado carrega 72 toneladas da carga.

Há um ano, a Eldorado solicitou à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) a abertura de licitação de uma área na margem direita (Santos) do porto para construir o terminal. O local exato não está definido. O Valor apurou que a Codesp gostou do projeto e estuda algumas das poucas regiões ainda disponíveis para arrendamento na margem direita do canal de navegação. “Existem algumas possibilidades”, afirma o presidente da Codesp, José Roberto Serra, citando quatro armazéns diferentes: o 9, 10, 11 e o 32.

Hoje o conselho de acionistas da Codesp se reúne e um dos itens da pauta é a votação do plano diretor do porto, instrumento que define a natureza da carga a ser movimentada em cada trecho do complexo. A expectativa é que daí saia a decisão do melhor local para o projeto da Eldorado.

“Avaliamos as duas margens [Santos e Guarujá], mas no caso da celulose a direita está mais preparada porque já existem terminais que movimentam e exportam celulose. A ideia é ter concentração desse tipo de carga para facilitar o carregamento dos navios e a chegada dos trens”, diz Bunster. A VCP, Fibria e NST operam áreas no porto para exportação de celulose.

Apesar de fazer sigilo sobre o local requisitado, o executivo afirma que o tamanho das possíveis áreas varia entre 18 mil metros quadrados e 29 mil metros quadrados.

A decisão de escoar a produção por Santos é resultado de um estudo que aferiu a melhor relação custo-cadeia, já que a fábrica ficará na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo. “E também porque há, em Santos, certa preferência de armadores que transportam a celulose, pois existem outras empresas que escoam por lá”, diz Bunster.

Como a fábrica começa a produzir em novembro, a Eldorado alugou área privada fora do porto sob concessão da Codesp para atender a demanda enquanto não consegue o arrendamento. Trata-se de uma área contígua ao porto, próxima a berços de atracação e com desvio ferroviário. “Assim conseguimos construir o projeto portuário de maneira mais tranquila”, afirma o executivo. O local conseguirá suprir 100% do volume, que no primeiro ano deverá bater em 1,3 milhão de toneladas. Mesmo se vencer o leilão na margem direita, a Eldorado estuda manter o aluguel da área privada, que está preparada para movimentar carga em contêiner. A maior parte da celulose, porém, será embarcada solta, nos chamados navios “breakbulk”.

Como a Eldorado movimentará sobretudo carga própria, poderia optar pela construção de um terminal privativo – modalidade que dispensa licitação, dependendo apenas da autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Mas o terminal privativo precisa ser feito do zero, inclusive a infraestrutura de acostagem, com o respectivo licenciamento ambiental. Daí a opção por participar de uma licitação de uma área pública, explica Bunster. “Tendo 5 milhões ou 6 milhões de toneladas na mão, não descartamos essa possibilidade no futuro.”

Questionado qual a estratégia se a Eldorado perder a licitação, o executivo afirma: “Temos uma segunda alternativa caso isso venha a acontecer, mas não podemos falar. É muito confidencial”.

Fonte: Valor / Fernanda Pires / Divulgação

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

PRF recupera Fiat Strada clonada e prende condutor em Água Clara

O motorista, de identidade não revelada, foi detido em flagrante A Polícia Rodoviária Federal (PRF) interceptou, no último sábado (5), um Fiat Strada Endurance com...

Três Lagoas tem 213 vagas de emprego disponíveis nesta segunda

Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul oferta 3.589 vagas em todo o Estado, sendo mais de 200 oportunidades somente em Três Lagoas

Segunda-feira(7) será de tempo estável e temperatura amena em Três Lagoas

Com mínima de 13°C e máxima de 28°C, a segunda-feira (7) será de sol e céu limpo durante o dia, com aumento de nuvens à noite; umidade do ar varia entre 44% e 83%, sem previsão de chuva.