Economia – 15/04/2013 – 19:04
Campo Grande, MS- O senador Ruben Figueiró participou de encontro nesta segunda-feira (15/04) na Superintendência do Ministério de Agricultura no Mato Grosso do Sul com o Superintendente Federal da Agricultura, Orlando Baez, que, acompanhado de vários técnicos, apresentou levantamento da situação dos abates clandestinos de bovinos, suínos e aves no Estado.
Segundo as informações coletadas, cerca de 30% dos abates de bovinos podem ser considerados comprometidos em função das péssimas condições de higiene com que são feitas. De acordo com os técnicos, muitas vezes os abatedouros são legalizados, os produtos recebem certificação, os procedimentos são oficializados, mas os abates ocorrem em locais insalubres com altos índices de contaminação.
Orlando Baez disse que o foco do Ministério da Agricultura com órgãos estaduais (IAGRO, Secretaria de Justiça e Segurança Pública etc) tem sido o de dar um caráter mais educativo na fiscalização, atuando nos pequenos municípios e na região de fronteira (onde a incidência do problema é maior), com vistas a melhorar as condições sanitárias dos abates.
De acordo com o relatório do órgão, até o mês de março registrou-se o abate de mais de 1 milhão de bovinos, sendo que 70% da produção estão concentradas nos grandes frigoríficos. No ano passado, mais de 3,8 milhões de cabeças foram abatidas no Estado. Baez afirmou ainda que nos grandes centros urbanos há um controle de qualidade, sendo que o mesmo não acontece nas regiões mais afastadas, nas pequenas localidades e municípios distantes.
Neste sentido, foi encaminhado ao senador estudos para modificar a Lei 7.889/89, visto que ela impede que órgãos federais possam fiscalizar os municípios nesta área. Figueiró afirmou que levará o assunto à Comissão de Agricultura do Senado para aprofundar o tema e propor modificações legais visando melhorar a atual legislação.
Além disso, encaminhará na próxima semana a proposta de realização de uma audiência pública para debater amplamente a questão dos abates no País e suas realidades específicas.
Fonte: Assessoria de Comunicação