Internacional – 02/02/2012 – 13:02
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, explicou nesta quinta-feira aos países que participam da operação da Otan no Afeganistão seus planos para pôr fim a sua missão de combate em 2013.
Segundo informaram fontes diplomáticas, Panetta se reuniu com os ministros da Defesa dos dez principais países da missão afegã, entre outros, os da Espanha, Pedro Morenés; Reino Unido, Philip Hammond; e Alemanha, Thomas de Maizière.
O secretário de Defesa dos EUA anunciou que seu país e a Otan tentarão pôr fim a essa missão na “metade do segundo semestre de 2013”.
Segundo o calendário de retirada estipulado pela Aliança Atlântica, a transição do controle da segurança às forças afegãs estará completa em 2014, quando as tropas internacionais que ficarem no país se limitarão a tarefas de formação e apoio.
Na semana passada, no entanto, a França anunciou sua intenção de antecipar a saída da maior parte de seus soldados em 2013 e deixar de participar de atividades de combate nesse momento.
Perguntado por estas possíveis mudanças ao chegar na reunião desta quinta-feira, o ministro de Defesa holandês, Hans Hillen, disse que não podia imaginar que a Otan esteja disposta a terminar seu papel de combate no próximo ano.
Os outros ministros que participaram desse encontro anterior à reunião da Aliança que começa nesta tarde não quiseram fazer declarações à imprensa na entrada.
Os países que integram a Otan discutirão entre si nesta quinta-feira a situação no Afeganistão e na sexta-feira conversarão com os outros países não aliados que apoiam sua operação no país asiático.
O encontro é realizado um dia depois de um relatório confidencial divulgado pela imprensa britânica questionar o êxito da missão e voltar a despertar dúvidas sobre o papel do Paquistão.
O documento, que recolhe testemunhos de prisioneiros insurgentes, afirma que os talibãs se preparam para recuperar o poder uma vez que as forças internacionais deixem o país.
A porta-voz da Aliança, Oana Lungescu, diminuiu na quarta-feira a importância do conteúdo do texto. Para ela, o documento se trata do que os talibãs capturados “pensam ou que querem que pensemos”.
Fonte: Agência EFE