Internacional – 02/02/2012 – 12:02
A chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, pediu nesta quinta-feira ao governo chinês que use a sua influência para convencer o Irã a abandonar seu programa nuclear, no início de uma visita de três dias à China.
Merkel também deve usar a viagem para buscar apoio da China ao combalido euro, e pressionar por maior proteção aos direitos intelectuais e por maior acesso das empresas alemãs ao mercado chinês.
A respeito do Irã, ela deve defender mais sanções ao país, na sequência de “longas discussões” que ela diz já ter mantido sobre o assunto com o presidente Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao.
Na semana passada, a União Europeia adotou formalmente um embargo à importação de petróleo do Irã, e recentemente os EUA também adotaram mais medidas para dificultar as exportações do principal produto da economia iraniana.
“Se falarmos das sanções europeias contra o Irã, a questão é como a China pode fazer um melhor uso da sua influência para levar o Irã a entender que o mundo não tem de ter outra potência com armas nucleares”, disse Merkel em audiência na Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Ela afirmou que tem esperança na aprovação de uma resolução sobre esse assunto no Conselho de Segurança da ONU, onde a China tem poder de veto. Pequim tradicionalmente é contra a sanções contra o Irã, mas Wen disse no mês passado que seu país também “se opõe terminantemente” ao desenvolvimento de armas nucleares por Teerã.
Potências ocidentais suspeitam que o Irã esteja desenvolvendo armas atômicas secretamente, algo que a República Islâmica nega.
O Irã é o terceiro maior fornecedor externo de petróleo para a China. Analistas dizem que dificilmente Pequim atenderá a um pedido de Merkel para reduzir suas importações de petróleo iraniano.
Fonte: Thomson Reuters