Ministério da Saúde prorroga estratégia de resgate vacinal e pretende imunizar cerca de 7 milhões de adolescentes
Adolescentes e jovens de 15 a 19 anos que ainda não tomaram a vacina contra o HPV terão mais tempo para garantir a imunização. O Ministério da Saúde prorrogou até o primeiro semestre de 2026 a estratégia de resgate vacinal voltada a essa faixa etária em todo o país.
O prazo anterior terminaria em dezembro de 2025. Segundo a pasta, a medida busca ampliar a proteção de adolescentes que não foram vacinados no período recomendado, entre 9 e 14 anos, reforçando a prevenção contra o papilomavírus humano.
A estratégia seguirá em vigor até a próxima Campanha de Vacinação nas Escolas, permitindo que jovens que perderam a oportunidade anterior ainda possam se vacinar. A meta do Ministério da Saúde é alcançar cerca de 7 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos que ainda não receberam a dose contra o HPV.
Até dezembro deste ano, a estratégia de resgate aplicou 208,7 mil doses da vacina, sendo 91 mil em meninas e 117,7 mil em meninos. De acordo com o ministério, a ampliação do prazo contribui para a proteção individual e para a redução da circulação do vírus na população.
A vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde e em ações externas, como campanhas em escolas, universidades, ginásios esportivos e centros comerciais. As ações contam com o apoio de estados e municípios para ampliar o alcance e facilitar o acesso do público-alvo.
Considerada segura, a vacina é fundamental na prevenção de diversos tipos de câncer associados ao HPV, entre eles os cânceres do colo do útero, de vulva, de pênis e de garganta e pescoço. A estratégia de resgate é válida para todos os 5.569 municípios brasileiros e busca reduzir os impactos do vírus a longo prazo.
A vacinação contra o HPV integra o calendário nacional de imunização para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Desde 2024, o país passou a adotar o esquema de dose única, substituindo o modelo anterior de duas doses e facilitando o acesso à imunização.
Para alguns grupos específicos, o esquema vacinal continua sendo de três doses.
É o caso de pessoas imunocomprometidas, como aquelas que vivem com HIV ou Aids, pacientes oncológicos e transplantados, além de usuários de PrEP de 15 a 45 anos e vítimas de violência sexual a partir dos 15 anos.
Em caso de dúvidas, a orientação é procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima para avaliação e atualização da carteira de vacinação.
com informções agência Brasil


