Obra poética foi apresentada na última Feira Livre do ano e celebrou pertencimento
O poeta Lucas Ribeiro lançou, na última quinta-feira (18), o livro “Do Avesso” durante a Última Feira Livre do Ano, realizada na Feira Livre Municipal de Água Clara. O evento integrou a programação natalina do município e reuniu literatura, celebração coletiva e forte sentimento de pertencimento, com a presença de moradores, familiares, amigos e representantes do poder público.
Segundo o autor, Do Avesso é um livro de poesia e prosa poética que nasce da tentativa de transformar vivências internas em linguagem. “Escrevi Do Avesso sobre aquilo que a gente quase nunca sabe dizer em voz alta. Não é um manual para consertar a alma. É uma travessia. Um abrigo. Um espelho”, define Lucas. A obra dialoga com temas como saudade, tempo, fé, amor e imperfeição, propondo uma conversa sincera com a vida vivida por dentro.
Logo nas dedicações, o livro revela dois eixos centrais: a filha Olívia, que representa a saudade ligada ao cotidiano e ao valor do presente, e o amigo João Paulo Terenzi, falecido em 2024, cuja ausência atravessa a obra como uma marca profunda. “É uma saudade que não se resolve, mas se aprende a carregar”, afirma o poeta.
O processo de criação, segundo Lucas, passou por um longo tempo de maturação emocional. “Eu rumino ideias e sentimentos antes de escrever. O último ano foi intenso, e o livro nasceu dessa necessidade de pagar, ao menos em parte, a dívida que todo artista tem com a arte”, explica.










Lançar o livro em Água Clara teve significado especial para o autor, que se define como “adotado” pela cidade. “Devolver à cidade, em forma de poesia, tudo o que ela me deu foi um gesto de gratidão”, afirmou. Ele agradeceu à Prefeitura Municipal, à prefeita Gerolina e às secretarias envolvidas, além do comércio local, que colaborou com brindes e apoio ao evento.
Para 2026, Lucas planeja levar Do Avesso a outras cidades, ampliar oficinas de escrita criativa e desenvolver novos projetos literários, incluindo livros autorais e um projeto colaborativo. “Quero que as palavras sejam ponte, encontro e pertencimento”, conclui.


