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quarta-feira, 17 de dezembro, 2025

Economia brasileira recua 0,3% em outubro sob impacto dos juros elevados

Monitor do PIB da FGV aponta desaceleração da atividade, apesar de crescimento de 2,3% no acumulado de 12 meses

A economia brasileira registrou queda de 0,3% em outubro na comparação com setembro, marcando o segundo mês consecutivo de retração da atividade econômica. Em setembro, o recuo havia sido de 0,6%. Os dados fazem parte do Monitor do PIB, levantamento mensal divulgado nesta terça-feira, dia 16 de dezembro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.

Apesar do resultado negativo no mês, na comparação com outubro de 2024 o Produto Interno Bruto apresentou crescimento de 1%. No trimestre móvel encerrado em outubro, a economia avançou 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado de 12 meses, o PIB brasileiro registra alta de 2,3%.

De acordo com a economista Juliana Trece, responsável pelo estudo, a perda de fôlego da atividade econômica está fortemente relacionada ao patamar elevado da taxa básica de juros. A Selic está fixada em 15% ao ano, o maior nível desde julho de 2006, quando alcançou 15,25%.

Definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, a taxa elevada é utilizada como instrumento de controle da inflação, que somente em novembro voltou ao limite da meta estabelecida pelo governo após permanecer 13 meses fora da margem de tolerância. No entanto, o juro alto encarece o crédito, desestimula investimentos e reduz o consumo de bens e serviços, impactando diretamente o ritmo da atividade econômica e a geração de emprego e renda.

Pela ótica da produção, o desempenho negativo da agropecuária e da indústria contribuiu para a retração observada em outubro. Já sob a ótica da demanda, os investimentos e o consumo do governo tiveram influência negativa no resultado do período.

No trimestre móvel encerrado em outubro, o consumo das famílias cresceu 0,5% em comparação com o mesmo intervalo do ano anterior. O consumo de bens não duráveis e duráveis apresentou queda, enquanto os gastos com serviços e bens semiduráveis compensaram as retrações e mantiveram o indicador em campo positivo.

As exportações tiveram papel relevante no desempenho da economia, com crescimento de 8,9% no trimestre móvel, impulsionadas principalmente por produtos agropecuários e da indústria extrativa mineral. As vendas externas mantêm trajetória de alta desde março de 2025.

Em valores correntes, a Fundação Getulio Vargas estima o PIB brasileiro em R$ 10,530 trilhões no acumulado até outubro.

O Monitor do PIB é considerado um dos principais indicadores de acompanhamento da atividade econômica. Outro termômetro é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central, que apontou recuo de 0,2% de setembro para outubro e crescimento de 2,5% em 12 meses. O resultado oficial do PIB, divulgado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, indicou crescimento de 0,1% no terceiro trimestre e de 2,7% no acumulado de 12 meses.

com informações Agência Brasil

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