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segunda-feira, 15 de dezembro, 2025

Mulheres já chefiem quase metade das famílias em Mato Grosso do Sul, aponta Censo

Crescimento de lares comandados por mulheres reflete mudanças culturais, educacionais e novos arranjos familiares no Estado

As mulheres já são responsáveis por 46,61% dos domicílios em Mato Grosso do Sul, segundo dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Embora os homens ainda liderem a maioria das famílias, com 53,39%, o avanço feminino no comando dos lares evidencia uma transformação social contínua no Estado ao longo das últimas décadas.

Em 2010, apenas 35,38% das famílias sul-mato-grossenses eram chefiadas por mulheres. Doze anos depois, o crescimento expressivo revela mudanças culturais associadas ao maior acesso das mulheres à educação, à ampliação da participação no mercado de trabalho e à redução da taxa de fecundidade. O IBGE destaca que esses fatores contribuíram para o reconhecimento crescente da mulher como responsável pelo núcleo familiar.

O Censo também aponta que, entre pais e mães que criam os filhos de forma unilateral, as mães solo continuam sendo maioria. Em Mato Grosso do Sul, são 97.461 mulheres nessa condição, enquanto o número de pais solo soma 15.642. Ao mesmo tempo, houve avanço no nível de escolaridade desses responsáveis. Em 2022, 17,6% das mães solo possuíam ensino superior, frente a 13,4% entre os pais solo.

Em relação à renda, a maior parcela das famílias do Estado se encontra na faixa de meio a um salário mínimo por pessoa, representando cerca de 30% dos domicílios. Famílias com renda per capita entre um e dois salários mínimos correspondem a 29,2%. Ainda assim, Mato Grosso do Sul figura entre os estados com menor percentual de famílias abaixo da linha da pobreza, com 1,79%, ficando atrás apenas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, segundo levantamento do Centro de Liderança Pública.

As mudanças também se refletem nas escolhas relacionadas à maternidade. Dados do IBGE mostram que as mulheres estão adiando cada vez mais o momento de ter filhos. Entre 2010 e 2022, a idade média para a maternidade subiu tanto entre mulheres sem instrução quanto entre aquelas com ensino superior. A quantidade média de filhos desejados caiu de três para dois, e cresceu o número de mulheres que optaram por não ter filhos.

Outro fenômeno em expansão é o de pessoas que moram sozinhas. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, referente a 2024, 18,9% da população de Campo Grande vive em unidades domésticas unipessoais. No Estado, são cerca de 187 mil moradores solos, com predominância masculina, embora a presença feminina também seja significativa.

Diante desse novo cenário, o Governo do Estado tem ampliado políticas públicas voltadas a diferentes configurações familiares. Programas como o Mais Social atendem famílias em situação de vulnerabilidade, enquanto iniciativas específicas oferecem apoio financeiro a mães solo que precisam de rede de apoio para trabalhar ou retomar os estudos. Também há ações voltadas a mulheres vítimas de violência doméstica, com suporte financeiro para recomeçar a vida.

Os dados do Censo 2022 reforçam que as famílias sul-mato-grossenses estão se tornando menores, mais diversas e cada vez mais lideradas por mulheres, refletindo transformações profundas na estrutura social e econômica do Estado.

com informações jornal Midiamax

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