Burocracia atrasou contrato que prevê melhorias viárias importantes para o escoamento industrial do município
A assinatura do contrato de concessão da Rota da Celulose, projeto que prevê obras em 870 quilômetros de rodovias essenciais para o escoamento industrial de Três Lagoas e região, foi adiada para 2026. A expectativa era que o Governo do Estado formalizasse o acordo ainda neste ano com o Consórcio Caminhos da Liberdade, mas entraves burocráticos e a necessidade de concluir o arrolamento de bens empurraram o processo para o primeiro semestre do ano que vem.
O governador Eduardo Riedel afirmou que quer garantir que todos os bens e responsabilidades das rodovias estejam formalmente transferidos ao consórcio antes da assinatura, evitando que o Estado fique responsável por trechos federais, como a BR-262 e BR-267, importantes para o transporte de produtos originados em Três Lagoas, especialmente celulose.
Após a assinatura, a previsão é de que as obras comecem cerca de 60 dias depois. O pacote de investimentos, estimado em R$ 10,1 bilhões ao longo de 30 anos, inclui duplicações, acostamentos, terceiras faixas, contornos urbanos e melhorias estruturais que devem favorecer diretamente o fluxo de cargas da cadeia de celulose, setor que tem grande impacto econômico no município.
O adiamento ocorreu após a desclassificação da antiga vencedora da licitação, a K-Infra, por problemas documentais e pendências com a União. Com isso, o Consórcio Caminhos da Liberdade, formado por empresas como XP Infra e CLD Construtora, passou a ser o responsável pela concessão, mas ainda aguarda conclusão dos trâmites legais para assumir o contrato.
O projeto é considerado estratégico para Três Lagoas, que concentra grandes indústrias de celulose e depende das rodovias incluídas na rota para o transporte da produção até outros estados e portos. O governo estadual reforça que, após a formalização, as obras devem avançar sem novos atrasos.
com informações Correio do Estado


