Em entrevista à Caçula FM, Mauro Lúcio Rosário reforçou a importância da mobilização da população no combate ao mosquito Aedes aegypti.
Durante entrevista concedida ao “Café da Manhã” da Caçula FM, nesta quinta-feira, 13, o coordenador de Vetores da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), Mauro Lúcio Rosário, fez um alerta sobre a possibilidade de uma epidemia paralela de dengue e chikungunya em Mato Grosso do Sul. Segundo ele, o mesmo vetor, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus está amplamente distribuído no Estado, aumentando o risco de transmissão das doenças.
“Temos tudo para uma epidemia paralela. Esses mosquitos estão nas nossas casas. É só olhar com atenção: há copinhos, latas, garrafas, caixas d’água abertas, calhas sujas. Cada um de nós precisa fazer sua parte”, destacou Rosário.
O coordenador explicou que o “Dia D de combate ao mosquito”, realizado nesta quinta-feira no Bioparque Pantanal, marca uma série de ações integradas de conscientização e educação ambiental que estão sendo realizadas nos 79 municípios sul-mato-grossenses. Entre as atividades, estão capacitações, palestras em escolas, exposições educativas e campanhas de limpeza.
Rosário ressaltou que as crianças têm papel essencial nesse processo, pois representam uma geração que poderá consolidar uma cultura de prevenção e cuidado ambiental. “Queremos educar as crianças para que, no futuro, elas saibam exatamente o que deve ser feito. Hoje, somos responsáveis por esse trabalho, mas elas serão as próximas defensoras da saúde pública.”
O coordenador também detalhou o funcionamento do controle mecânico, que pode ser feito por qualquer cidadão, sem necessidade de equipamentos sofisticados. “A melhor ferramenta contra o mosquito são as nossas mãos. É tirar copinhos, latas, tampinhas e qualquer recipiente que acumule água. Esse simples gesto pode evitar uma tragédia.”
Ele alertou ainda para a velocidade de reprodução do Aedes aegypti e explicou a chamada transmissão transovariana, em que o mosquito já nasce infectado com o vírus da dengue ou da chikungunya, o que acelera o avanço das epidemias. “Uma única fêmea pode colocar até 400 ovos, e muitos deles já nascem contaminados. É por isso que o combate precisa ser diário e constante.”
Rosário finalizou a entrevista agradecendo o espaço e reforçando a importância dos meios de comunicação na conscientização da população. “Rádio e televisão são nossas melhores ferramentas. É por meio da informação que conseguimos chegar até as pessoas e salvar vidas.”
O coordenador da SES-MS destacou que o sucesso no combate ao mosquito depende da ação individual e coletiva, tanto nas residências quanto nos locais de trabalho, e concluiu com um apelo direto. “Se cada um cuidar do seu espaço, da sua casa e da sua família, com certeza venceremos essa guerra contra o mosquito.”


