Com inflação em desaceleração, mas ainda pressionada por energia, mercado prevê continuidade da taxa no maior patamar em quase duas décadas.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira , para decidir sobre a Taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano – o nível mais alto desde 2006. Analistas de mercado esperam que o índice seja mantido, repetindo a postura adotada nas últimas duas reuniões.
A ata divulgada em setembro já indicava um cenário de juros elevados por um período prolongado, diante de pressões persistentes sobre os preços, especialmente no setor de energia. Apesar disso, a inflação vem perdendo força. O IPCA-15 de outubro ficou em 0,18%, acumulando alta de 4,94% em 12 meses, com queda no preço médio dos alimentos pelo quinto mês seguido. O IPCA oficial do mês será divulgado no dia 11.
O boletim Focus mais recente projeta que a Selic deve permanecer em 15% ao ano até o fim de 2025 ou início de 2026. A incerteza recai sobre o momento em que os cortes poderão começar. Já a estimativa de inflação para 2025 caiu para 4,55%, ainda acima do teto da meta contínua de 4,5%.
A Selic é a referência para as demais taxas de juros do país. Quando está alta, encarece o crédito, reduz o consumo e desacelera a economia, contribuindo para o controle da inflação. Quando cai, tende a estimular produção, consumo e investimentos.
O Copom se reúne a cada 45 dias. No primeiro dia, são apresentadas análises técnicas sobre o cenário econômico. No segundo, a diretoria do Banco Central define a taxa. A decisão será anunciada no início da noite desta quarta-feira.
Com informações Agência Brasil


