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quarta-feira, 29 de outubro, 2025

Brasil pode enfrentar desabastecimento de água até 2050, alerta estudo

Instituto Trata Brasil projeta até 30 dias de racionamento anual em regiões mais secas do país

Diante das mudanças climáticas e da ineficiência na distribuição, o Brasil pode enfrentar crises de desabastecimento de água até 2050, segundo projeção divulgada nesta terça-feira (28) pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria Ex Ante.

O estudo, intitulado Demanda Futura por Água em 2050: Desafios da Eficiência e das Mudanças Climáticas, aponta que, na média das cidades brasileiras, haveria restrição de 3,4% na disponibilidade de água ao longo do ano, o que equivale a cerca de 12 dias de racionamento anual. Em regiões mais secas do Nordeste e Centro-Oeste, a restrição pode ultrapassar 30 dias sem água.

CRESCIMENTO
A pesquisa projeta que, com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,7% ao ano e mantendo-se o atual índice de perdas no sistema, a demanda por água até 2050 exigirá aumento de 59,3% na produção de água tratada em relação a 2023.

O aumento do consumo é impulsionado não apenas pelo crescimento econômico e demográfico, mas também pela elevação da temperatura média. A previsão é de que a temperatura máxima suba cerca de 1°C e a mínima, 0,47°C até 2050, em comparação com os níveis atuais. Além disso, o país deve registrar menos dias de chuva e precipitações mais intensas, o que tende a afetar o equilíbrio dos mananciais.

ARIDEZ
A combinação entre calor e redução das chuvas deve intensificar a aridez em várias regiões, ampliando o semiárido brasileiro e aumentando o risco de desertificação em novas áreas. Segundo o Instituto Trata Brasil, o cenário aponta para grandes desafios no abastecimento de água nas próximas décadas.

URGÊNCIA
Para Luana Pretto, presidente executiva do Instituto Trata Brasil, o país precisa agir imediatamente para evitar um colapso hídrico. “Os dados reforçam a tendência de aumento no consumo, associada à expansão demográfica e ao crescimento econômico. As mudanças climáticas indicam uma restrição média de 3,4% na oferta de água, por escassez dos recursos hídricos em nossos mananciais”, destacou.

A especialista defende investimentos urgentes na redução das perdas no sistema de distribuição e no planejamento sustentável da gestão da água. “Onde já enfrentamos escassez, como em partes do Nordeste e do Centro-Oeste, a falta de água pode se prolongar por mais de 30 dias, com impactos severos na saúde e na qualidade de vida da população. É fundamental agir agora para preparar o país para os desafios climáticos que virão”, concluiu.

Com informações Agência Brasil

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