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Três Lagoas
terça-feira, 4 de novembro, 2025

Caso Carmen agora é feminicídio; namorado e policial militar são presos

Crime que chocou Ilha Solteira ocorreu no Dia dos Namorados. Polícia prendeu o namorado da jovem e um policial militar com quem ele teria um caso

O que começou como um desaparecimento angustiante agora é investigado como feminicídio. A pergunta que estampava cartazes e viralizou nas redes — “Onde está Carmen?” — deu lugar a um novo grito: justiça.

Carmen, estudante da Unesp de Ilha Solteira, sumiu no Dia dos Namorados. Na última quinta-feira (10), dois homens foram presos: o namorado dela e um policial militar que, segundo a polícia, mantinha um relacionamento com ele. Ambos são investigados pela morte da jovem.

“Estamos em uma etapa final. Os dois são suspeitos do que já entendemos como um feminicídio”, afirmou o delegado Miguel Rocha, que conduz o caso. Segundo ele, a Justiça concedeu a prisão temporária dos envolvidos com base em indícios colhidos ao longo de semanas de investigação.

Interceptações telefônicas, monitoramento de câmeras e a localização do celular de Carmen ajudaram a traçar os últimos passos da estudante. “Tudo indica que a vítima não saiu de Ilha Solteira. O sinal do aparelho permaneceu na cidade, sempre coincidindo com a localização dos suspeitos”, detalhou Rocha.

Imagens mostram a jovem saindo da Unesp e seguindo para a casa do namorado, localizada em um assentamento. Depois disso, silêncio. Carmen nunca mais deu notícias. Familiares e amigos, que desde o início desconfiavam do namorado, organizaram manifestações e mobilizaram a internet na tentativa de pressionar as autoridades. A mais recente, realizada em frente à universidade, reuniu dezenas de pessoas vestidas de preto.

Para a polícia, não há mais dúvidas: “É possível que ela tenha sido morta e o corpo ocultado pelos suspeitos”, disse o delegado.

Ilha Solteira, cidade universitária no interior paulista, virou palco de luto e revolta. Em Três Lagoas, município a cerca de 160 km, onde casos de feminicídio também têm aumentado, a história de Carmen ecoa como um alerta e um pedido de basta.

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