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A carreira de Casemiro tem sido marcada pela excelência. Cinco vezes vencedor da Liga dos Campeões, campeão nacional consecutivo com o Real Madrid e um dos pilares do meio-campo brasileiro por quase uma década. Mas, com o desenrolar da temporada 2024/25, o outrora intocável meio-campista defensivo parecia preocupantemente deslocado.
No Manchester United, Casemiro passou pela sua temporada mais difícil no futebol europeu. O que antes era uma antecipação fácil e uma presença imponente no meio-campo deu lugar a um acompanhamento trabalhoso, desarmes mal sincronizados e um declínio visível no ritmo.
As lesões não ajudaram, mas mesmo quando estava disponível, ele frequentemente parecia fora de ritmo no sistema de Erik ten Hag. O declínio foi gradual, mas inconfundível, com o United frequentemente decepcionando as aposta odds: as pernas não o carregam como antes, e o ritmo do futebol europeu de elite parece estar além de seu alcance.
“Sabemos que na Premier League não correu como esperávamos”, disse ele antes da derrota do clube para o Tottenham Hotspur na final da Liga Europa. “Mas sabemos que a temporada, em termos de jogos, não foi boa, especialmente para um clube como o United. Aqui, sempre esperamos títulos e estar no topo da tabela.
“Tivemos muitos altos e baixos. Mudamos de treinador e depois de sistema. É verdade que nos últimos cinco ou seis jogos estávamos completamente focados na Liga Europa.”
“Mas é claro que, quando se trata do Manchester United, você precisa vencer e estar no topo da tabela. Não há desculpas. Portanto, na próxima temporada, precisamos ser mais fortes; acima de tudo, precisamos vencer mais jogos e ganhar mais pontos. Quando se trata do Manchester United, sempre temos que pensar em títulos e vitórias.”
Agora, em uma encruzilhada na carreira, Casemiro enfrenta uma nova oportunidade — e possivelmente a última na Europa — com o técnico português Rúben Amorim. A mudança representa um desafio intrigante. Em um clube conhecido pela mistura de juventude e clareza tática, Casemiro ainda pode oferecer experiência e liderança valiosas, mesmo que não seja um titular garantido.
Essa transição de indispensável para rotativo testará o ego e a ambição de Casemiro de uma forma que sua carreira de ouro nunca testou.
No entanto, a recente decisão de Carlo Ancelotti de incluí-lo na seleção brasileira sugere que o técnico do Real Madrid ainda vê valor em seu ex-jogador. Essa escolha representa uma tábua de salvação — prova de que, em nível internacional, a experiência e a compreensão tática de Casemiro ainda têm valor. Mas também traz um aviso implícito: tenha um bom desempenho ou seja descartado.
A Copa do Mundo de 2026 nos Estados Unidos surge como uma oportunidade potencialmente única para Casemiro aumentar seu legado internacional. O Brasil será apontado pela bet esporte como favorito, e não há margem para erros na busca pelo primeiro troféu Jules Rimet em 24 anos.
No entanto, Ancelotti já demonstrou sua crueldade ao deixar de fora jogadores consistentes como Pedro, cujo desempenho no Campeonato Brasileiro não foi considerado suficiente para os padrões da Seleção. Se um jogador que marca gols regularmente pode ser dispensado, que esperança tem um meio-campista envelhecido que está enfrentando dificuldades na Premier League?
Mesmo a lealdade de Ancelotti, conquistada nos anos de sucesso em Madri, tem limites. O italiano construiu sua reputação com pragmatismo, e não com sentimentalismo, e as ambições do Brasil na Copa do Mundo não serão sacrificadas por conquistas passadas. Casemiro sabe disso melhor do que ninguém, pois testemunhou Ancelotti tomar decisões igualmente difíceis durante o tempo em que trabalharam juntos.
A dura realidade é que o futebol europeu se tornou o campo de provas de Casemiro para a seleção nacional. Suas atuações pelo Manchester United não são mais apenas pelo sucesso do clube; são testes para seu sonho de disputar a Copa do Mundo. Cada jogo representa uma chance de mostrar a Ancelotti que o jogador que conquistou tudo no Real Madrid ainda existe dentro da figura em dificuldades que vemos hoje.
O tempo está se esgotando e, aos 32 anos, segundas chances são raras. Casemiro precisa redescobrir sua melhor forma rapidamente ou corre o risco de assistir à Copa do Mundo de 2026 de casa – um final amargo para o que tem sido uma carreira gloriosa.
