18.3 C
Três Lagoas
quinta-feira, 1 de maio, 2025

Caso João Lucas: Vereador Davis Martinelli denuncia erro médico e descaso do Poder Público em Três Lagoas

Em sessão realizada nesta quinta-feira,27, o vereador Davis Martinelli (MDB) trouxe à tona um caso grave de descaso do Poder Público que resultou em consequências irreversíveis para uma criança de seis anos, João Lucas, residente em Três Lagoas. O parlamentar relatou que foi acionado por um grupo de amigos da família, que conhecem a história do menino e a luta dos pais por justiça e tratamento adequado.

Durante a sessão, Martinelli explicou que visitou a família na última segunda-feira para ouvir os pais e avaliar a situação da criança. “Quando chegamos lá, já é possível perceber a olho nu que a criança contraiu alguma deficiência devido à falta de tratamento médico adequado”, afirmou o vereador.

João Lucas, que hoje tem seis anos, apresentou problemas de saúde desde os seis meses de idade, quando a família notou comportamentos diferentes em comparação aos outros filhos. Após avaliações médicas, foi constatado que o menino tinha um cisto cerebral e precisava de uma cirurgia urgente para conter o crescimento do cisto. No entanto, o município de Três Lagoas alegou não ter tratamento específico para o caso e não encaminhou a criança para um centro de referência em Campo Grande, como deveria ter feito.

A família, então, precisou recorrer à Justiça. Em caráter liminar, o juiz determinou que o município custeasse o tratamento e encaminhasse João Lucas para uma avaliação mais detalhada. A cirurgia foi orçada em um milhão de reais, mas o município recorreu da decisão e não cumpriu a determinação. Após insistência da família, o juiz determinou novamente que a cirurgia fosse realizada. Dessa vez o encaminhou a criança para Campo Grande.

No entanto, o que deveria ser uma solução tornou-se um novo capítulo de descaso. “Chegou lá, fez todo o processo cirúrgico, abriram a cabeça da criança e a mãe voltou para casa achando que a cirurgia tinha sido um sucesso”, relatou Martinelli. Com o passar do tempo, porém, o estado de saúde de João Lucas piorou. Ao buscar atendimento médico novamente, a família descobriu que, na verdade, nenhum procedimento havia sido realizado durante a cirurgia. “Simplesmente abriram a cabeça da criança e fecharam”, disse o vereador, reproduzindo as palavras do médico que avaliou o caso.

Hoje, segundo especialistas, não há mais possibilidade de realizar a cirurgia, pois o cisto cresceu demais devido à falta de tratamento adequado no momento certo. Qualquer intervenção cirúrgica agora poderia levar João Lucas a óbito. Como consequência, a criança desenvolveu outras comorbidades, incluindo paralisia do lado direito do corpo, perda de 30% da audição e problemas de visão.

A família, que não busca dinheiro, mas sim justiça e uma melhor qualidade de vida para o filho, entrou com uma ação de indenização contra o município. “Eles querem garantir que João Lucas tenha o suporte necessário para viver da melhor forma possível, já que não terá mais acesso aos procedimentos que poderiam garantir uma vida saudável”, explicou Martinelli.

O caso chocou os presentes na sessão e levantou questionamentos sobre a responsabilidade do Poder Público no atendimento à saúde da população. O vereador Davis Martinelli reforçou a importância de cobrar ações efetivas para evitar que casos como o de João Lucas se repitam. “Precisamos garantir que nossas crianças tenham acesso a tratamentos adequados e que o Poder Público cumpra seu papel”, finalizou.

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Asfalto cede e “engole” caminhão em rua do Jardim Alvorada

Bitrem afundou durante manobra, onde cena impressionou moradores.

Motorista avança sinalização e causa capotamento violento no Jardim Primaveril

Câmeras de monitoramento registraram colisão entre Fiesta e Golf durante a tarde desta quarta-feira, 30.

Ex-agente penitenciário e amante são condenados à mais de 25 anos por matar assassinar mulher em 2011

Edgard Lopes Cardoso e Sandra Mara dos Santos receberam penas de 16 e 12 anos de prisão, onde a justiça reconheceu o crime premeditado por motivo torpe e sem chance de defesa para a vítima.