Internacional – 17/12/2012 – 10:12
Os Estados Unidos reviveram esta semana um pesadelo difícil de ser esquecido. Um jovem de 20 anos invadiu na sexta-feira (14) uma escola primária em Newtown, em Connecticut, e abriu fogo contra alunos e funcionários, matando 26 pessoas com vários tiros de fuzil semiautomático: 20 vítimas eram crianças de apenas seis e sete anos.
O massacre traz à tona o debate sobre o controle de armas no país. O jovem atirador usava pistolas e um rifle de guerra, que estavam registradas no nome da mãe dele. Ela foi morta pelo filho dentro da casa onde moravam, antes de ele se dirigir até a escola Sandy Hook e cometer a chacina.
O país registra, a cada dia, 34 assassinatos envolvendo armas de fogo. Os Estados Unidos são o país mais armado do mundo.
Para cometer a chacina, o atirador de Newtown, identificado como Adam Lanza, de 20 anos, precisou de apenas uma arma: um fuzil semiautomático. Ele ainda portava duas pistolas — uma delas ele utilizou para se matar após o massacre.
As três armas estavam registradas no nome de sua mãe, Nancy, que foi assassinada por seu filho em sua própria casa, antes de ele se dirigir à escola para perpetrar o massacre.
Debate sobre armas
A Segunda Emenda da Constituição dos EUA consagra o direito dos norte-americanos à posse de armas, e a Corte Suprema sempre decidiu a favor frente às tentativas de alguns Estados e cidades para limitá-la.
Os EUA são o país do mundo com mais civis com posse de armas, com entre 270 milhões e 300 milhões, segundo as Nações Unidas, um número que a Associação Nacional do Rifle eleva para mais de 300 milhões.
Em vista disso e, principalmente, por causa da tragédia chocante na escola Sandy Hook, cresceu a pressão no final de semana pela revisão das leis sobre armas.
Os senadores democratas Dianne Feinstein e Charles Schumer apoiaram neste domingo a introdução de um projeto de lei sobre o controle de armas no Congresso do país.
Feinstein anunciou que introduzirá um projeto de lei assim que se constitua o novo Congresso a partir de janeiro.
— Apresentarei o projeto no Senado e o mesmo projeto será apresentado na Câmara (de Representantes). Será um projeto de lei para proibir as armas de assalto. Será proibida a venda, a transferência, a importação e a posse.
“Acho que podemos fazer algo”, disse Schumer no programa Face The Nation da “CBS”, ressaltando a necessidade de limitar o acesso a armas de grande calibre, assim como a sua munição, para evitar que pessoas “mentalmente instáveis” possam adquiri-las.
“Foi a pior coisa que eu já vi”, diz legista
Ao lado de Feinstein, também esteve o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, que copreside a associação “Prefeitos contra as Armas Ilegais” junto com seu colega de Boston, Thomas M. Menino.
— Acho que o presidente (Barack Obama) deve consolar o país, mas ele é o comandante-em-chefe, assim como o consolador-em-chefe. É hora do presidente, acredito eu, se colocar de pé e guiar o país em direção ao que devemos fazer.
Fonte: Portal R7


