Apesar dos esforços das autoridades para bloquear sites de apostas irregulares no Brasil, 83% dessas plataformas ainda conseguem redirecionar usuários para novos endereços, contornando as restrições impostas pela Superintendência de Proteção ao Consumidor (SPA) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O modelo atual de bloqueio de URLs tem se mostrado ineficaz, gerando preocupações entre especialistas e autoridades.
As apostas ilegais, além de estarem em desacordo com a regulamentação vigente, muitas vezes copiam o layout de sites autorizados, o que dificulta a identificação e a prevenção de novos acessos. As medidas tradicionais de bloqueio não têm impedido que essas plataformas operem livremente, o que acende o alerta para o risco de fraude e prejuízos para os consumidores.
Especialistas sugerem novas estratégias para enfrentar o problema, incluindo o bloqueio de DNS, uma forma mais rigorosa de impedir o acesso a sites de apostas ilegais, e o rastreamento de influenciadores que promovem essas plataformas de maneira ilícita. Estas ações podem dificultar a circulação e o financiamento dessas casas de apostas.
A regulamentação das apostas no Brasil exige que as empresas autorizadas operem com a identificação de usuários via CPF e que seus domínios sejam registrados com o sufixo “.bet.br”. As empresas que desrespeitarem essas regras podem ser banidas do mercado ou até mesmo enquadradas no crime de estelionato.
Embora o Brasil tenha avançado na criação de um marco regulatório para as apostas, os desafios para conter as plataformas irregulares seguem sendo uma preocupação crescente, demandando novas medidas de fiscalização e punição para garantir a segurança dos jogadores e a integridade do setor.