O primeiro mês de Donald Trump à frente da Casa Branca em seu segundo mandato, completado na última quinta-feira (20), trouxe alívio aos mercados internacionais e deu respiro às moedas que estavam se enfraquecendo frente ao dólar. Durante sua campanha presidencial, Trump havia prometido tarifas de 10% a 20% para todas as importações aos Estados Unidos, além de taxas mais altas para China, México e Canadá. No entanto, passados 30 dias de sua posse, a promessa de tarifas generalizadas ainda não foi concretizada.
Trump anunciou tarifas de 10% para a China e de 25% para o México e Canadá, mas recuou no caso dos países fronteiriços. Além disso, indicou taxas específicas para setores como aço, alumínio, automóveis e farmacêuticos.
No Brasil, embora as perspectivas iniciais tenham gerado preocupações, os mercados demonstraram alívio, especialmente em relação às incertezas que marcaram o período da eleição de Trump. O Banco Central do Brasil (BC) também refletiu esse alívio, com seu presidente, Gabriel Galípolo, afirmando que, apesar de ainda haver incertezas sobre o impacto das políticas de Trump, os primeiros dias de seu governo ajudaram a melhorar o cenário, refletindo positivamente no valor do real e em outras moedas frente ao dólar.
Galípolo havia apontado a preocupação com a possibilidade de que as tarifas de Trump causassem aumento nos preços nos Estados Unidos, o que poderia levar a uma alta nos juros pelo Federal Reserve (BC americano), valorizando o dólar e enfraquecendo outras moedas. No entanto, a ausência de anúncios imediatos de novas tarifas fez com que o cenário se invertesse.
Na manhã desta quinta-feira, o dólar estava cotado a R$ 5,70, uma queda de mais de 5% em relação ao dia da posse de Trump, 20 de janeiro, quando a moeda americana fechou a R$ 6,03. A variação ocorreu em um período sem mudanças significativas no cenário doméstico, o que indica um alívio nos mercados.
Com informações CNN Brasil