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quarta-feira, 17 de setembro, 2025

Pesquisa destaca diagnóstico tardio de câncer de cabeça e pescoço no Brasil

De cada dez casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil, oito são identificados em estágio avançado. É o que revela uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), publicada na renomada revista científica internacional The Lancet Regional Health Americas.

O estudo, intitulado “Disparidades no estágio do diagnóstico de tumores de cabeça e pescoço no Brasil: uma análise abrangente de registros hospitalares de câncer”, examinou 145 mil casos entre 2000 e 2017. Os resultados apontam que quanto menor o nível de educação do paciente, maior é a probabilidade de diagnóstico em estágio grave.

Os cânceres de cabeça e pescoço abrangem tumores na boca, orofaringe, laringe (região das cordas vocais), nariz, seios nasais, nasofaringe, pescoço, tireoide, couro cabeludo e pele do rosto e pescoço, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

A maioria das pessoas diagnosticadas com a doença tem em média 60 anos de idade. Contudo, o Inca observou que, nos casos mais graves, os pacientes são mais jovens, com idades entre 30 e 50 anos. Os mais afetados são principalmente pessoas sem educação básica completa e de baixa renda. Homens com menos de 50 anos, baixa escolaridade, que fumam e consomem bebidas alcoólicas, representam oito em dez dos casos graves.

Os pesquisadores também destacam as desigualdades regionais, com maior prevalência de diagnósticos em estágio avançado na Região Norte do país. Eles defendem ações para promover o diagnóstico precoce.

“A prioridade agora é acelerar o acesso às consultas e exames especializados, reduzindo a burocracia, a partir do encaminhamento feito pelas equipes de atenção primária”, afirmou Flávia Nascimento de Carvalho, epidemiologista do Inca responsável pela pesquisa, realizada durante seu doutorado.

As chances de cura para o câncer de cabeça e pescoço são de 90% quando tratado desde o início. Entre os sinais de alerta estão desconforto na garganta, feridas que não cicatrizam, alteração na voz ou rouquidão e nódulos.

Em 2011, o presidente Luiz Inácio Lula foi diagnosticado com câncer de laringe, que foi tratado e curado.

Com informações Agência Brasil

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