O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um cenário difícil no Congresso Nacional durante a primeira metade de seu terceiro mandato, registrando o pior desempenho histórico em relação à aprovação de medidas provisórias e à sustentação de vetos presidenciais.
Entre 2023 e 2024, o Executivo editou 133 medidas provisórias (MPs), mas apenas 20 delas foram aprovadas pelo Congresso. Outras 76 perderam a validade, e 32 vetos presidenciais foram derrubados, evidenciando uma crescente dificuldade de articulação política.
A análise de especialistas aponta para uma série de fatores que contribuem para essa situação, como o fortalecimento do Centrão, a divisão de poder entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, além da obrigatoriedade de execução das emendas parlamentares, que enfraquece a posição do governo. Esses elementos têm limitado a capacidade do Executivo de avançar com suas propostas e obter apoio no Parlamento.
Com informações Folha de São Paulo.