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sábado, 3 de maio, 2025

Estudos de 242 milhões de estudantes interrompidos por eventos climáticos, revela Unicef

Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aponta que pelo menos 242 milhões de estudantes em 85 países tiveram os estudos interrompidos em 2024 por conta de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, ciclones tropicais, tempestades, inundações e secas. No Brasil, 1,17 milhão de crianças e adolescentes ficaram sem aula por algum período no ano passado, principalmente devido às enchentes no Rio Grande do Sul.

Dados do relatório: O relatório “Learning Interrupted: Global Snapshot of Climate-Related School Disruptions in 2024” analisa os impactos dos eventos climáticos nas escolas e, consequentemente, no aprendizado das crianças e jovens, desde a educação infantil até o ensino médio. Segundo o estudo, as ondas de calor foram o principal risco climático que levou ao fechamento de escolas, afetando mais de 118 milhões de estudantes. Durante esse período, Bangladesh e Filipinas registraram fechamentos generalizados de escolas, e o Camboja reduziu o horário escolar em duas horas. Em outra ocasião, as temperaturas chegaram a 47 graus Celsius em partes do sul da Ásia, colocando as crianças em risco de insolação.

Impacto em diferentes regiões: O Afeganistão, além das ondas de calor, sofreu com graves inundações repentinas que danificaram ou destruíram mais de 110 escolas, impactando a educação de milhares de estudantes. Setor foi o mais impactante para a educação no hemisfério norte. Pelo menos 16 países suspenderam as aulas devido a fenômenos meteorológicos extremos, incluindo o tufão Yagi, que afetou 16 milhões de crianças na Ásia Oriental e no Pacífico. Chuvas torrenciais e inundações atingiram a Itália, impactando a vida escolar de mais de 900 mil estudantes, e a Espanha, interrompendo as aulas de 13 mil crianças.

Regiões mais afetadas: O sul da Ásia foi a região mais afetada, com 128 milhões de estudantes enfrentando interrupções nas atividades escolares por conta do clima. Segundo a chefe de Educação do Unicef no Brasil, Mônica Pinto, o maior impacto climático na educação no Brasil deve-se às enchentes no Rio Grande do Sul, que deixaram milhares de estudantes sem aulas. Ela ressalta que questões climáticas, como enchentes e secas, têm sido agravadas com eventos extremos e representam um desafio para as redes de ensino no Brasil.

Impactos na aprendizagem: O relatório também aponta que, em contextos frágeis, o fechamento prolongado das escolas torna menos provável o retorno dos alunos à sala de aula, levando ao abandono escolar e ao maior risco de casamento infantil e trabalho infantil. Quase 74% dos estudantes afetados estavam em países de rendimento baixo e médio baixo. As escolas e os sistemas educativos estão, em grande parte, pouco equipados para proteger os estudantes desses impactos, e os investimentos financeiros voltados para os impactos climáticos na educação são baixos. Além disso, faltam dados globais sobre interrupções de aulas devido a riscos climáticos.

Com informações Agência Brasil

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