Economia – 11/11/2012 – 10:11
É difícil ver o céu na China, mesmo em um dia sem nuvens, devido à poluição. No país, 72,5% da energia consumida vêm de térmicas a carvão, o que levou o governo chinês a investir em fontes renováveis e aumentar a capacidade energética instalada no país. Esse esforço já produz resultados, e o passo seguinte das autoridades chineses é internacionalizar a State Grid, estatal responsável pelo fornecimento de energia a 88% do território da China.
O Brasil foi um dos mercados escolhidos por seu tamanho, pela abundância de recursos naturais, pelas boas relações políticas e pelo fato de os brasileiros serem os principais parceiros comerciais dos chineses na América do Sul.
Sem fazer alarde, os dirigentes da estatal chinesa inauguraram este ano um prédio de 17 andares na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, pelo qual pagaram R$ 205 milhões.
Em 2010 foi criada a State Grid Brazil Holding (SGBH), que atua na oferta de linhas de transmissão, mas não esconde o desejo de entrar firme na geração (a usina de Belo Monte é um exemplo), na distribuição e na venda de medidores e equipamentos para a produção de energia eólica e solar comercializados pela Nari Technology, braço industrial e subsidiária integral do grupo.
A empresa anunciou que vai investir mais de US$ 5 bilhões no Brasil em três anos.
Fonte: Eliane Oliveira, O Globo