Geral – 05/11/2012 – 16:11
Uma em cada dez crianças brasileiras tem enxaqueca, a dor de cabeça que acontece mais de 15 dias no mês e com mais de quatro horas de duração por dia. São 2,1 milhões de crianças que sofrem da doença, principalmente na idade escolar, entre cinco e 12 anos.
As crises de enxaqueca trazem muito mal estar e prejudicam o dia a dia de quem tem a dor. “A minha dor é muito forte e ela fica batendo como um coração na minha cabeça. Aí eu tenho que ficar na cama assistindo televisão e deitada com gelo na cabeça”, relata Louise Damasceno Drummond, de nove anos.
Segundo o neurologista Abouch Krymchantowski, a enxaqueca é uma doença hereditária e na infância e na adolescência as crises de dor costumam ser bastante intensas. “Há fatores que precipitam as crises. Nas crianças, o mais comum é o fator alimentação. O stress das atividades excessivas ou das atividades escolares sob pressão também desencadeia a doença”, explica.
A automedicação é um dos maiores inimigos do tratamento da enxaqueca, em qualquer idade. Os médicos dizem que tomar analgésicos por dez dias ou mais por mês já é considerado uso excessivo. Essa atitude traz uma tolerância perigosa: pode tornar a dor de cabeça crônica, deflagrar crises de enxaqueca ou causar outros problemas, como gastrite e insuficiência renal.
“Estima-se que mais de três meses seguidos de uso excessivo ou regular já traz malefícios notáveis. Mas há os pacientes que tem a chamada idiosincracia, uma reação individual ruim. Esses paciente podem evoluir mal em semanas”, alerta o médico.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia existem mais de 150 tipos de dor de cabeça e 90% da população sofrem desse mal. O tipo mais comum é a tensional, que as pessoas sentem no dia a dia.
Louise passou a fazer tratamento e agora raramente tem crises. “Já parou a minha dor de cabeça e eu consigo fazer todos os meus deveres. Agora eu posso sair para brincar, andar de bicicleta”, relata a menina.
Segundo o neurologista, as pessoas que sentem dor de cabeça com frequência devem evitar alimentos com conservantes em excesso, comida gordurosa, embutidos e adoçantes artificiail
Fonte: Jornal Hoje