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sexta-feira, 19 de setembro, 2025

Mato Grosso do Sul empregou mais 2.567 trabalhadores formais em abril; saldo supera 17 mil no ano

Mato Grosso do Sul ampliou o estoque de trabalhadores formais no mês de abril com a contratação de mais 2.567 pessoas com carteira assinada. Dessa forma, o universo de empregados formais no Estado chegou a 675.412 no mês passado. Em janeiro eram 662.704 trabalhadores e, em abril do ano passado, 648.948.

Conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego, no acumulado do ano o Estado já soma 17.447 novos trabalhadores empregados. O setor de Serviços apresentou o melhor desempenho, com 1.741 novas vagas geradas em abril, seguido da Indústria (996) e do Comércio (488). 

Entre os subsetores da Indústria que mais empregaram, destacam-se abate e fabricação de produtos de carnes (503 empregos) e fabricação de álcool (262). Já no setor de Serviços os destaques foram para os subsetores de Educação (300), Saúde Humana e Serviços Sociais (105), Alojamento e Alimentação (354), Transporte, Armazenagem e Correios (237).

Dois setores tiveram números negativos – ou seja, demitiram mais que empregaram no mês. São eles a Construção Civil (-478) e a Agropecuária (-180). Na avaliação do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, esses eventos são pontuais e podem estar interligados.

“Percebemos que a redução do estoque de empregos na Construção Civil se deve às demissões ocorridas em um setor específico: Montagem de Instalações Industriais e Estruturas Metálicas, que perdeu 567 trabalhadores em abril. Isso tem relação com o fim de etapa da implantação da indústria da Suzano, tanto que o município de Ribas do Rio Pardo teve saldo negativo de -478 empregos no mês”, pontuou. Não fosse o movimento negativo nesse subsetor, a Indústria teria saldo positivo em abril.

Setor de Serviços apresentou o melhor desempenho no período quanto a geração de empregos

Na Agropecuária, os subsetores que apresentaram retração no mercado de trabalho foram Atividades de Apoio à Agricultura e Pecuária, com redução de 119 trabalhadores; Pecuária (-63), Produção de Lavouras Temporárias (-151) e Produção de Sementes e Mudas Científicas (-172).

“Esses dois últimos subsetores estão relacionados com a agroindústria florestal, portanto podem ter ligação com a acomodação no cronograma de obras da Suzano”, completa Verruck.

Na distribuição regional, os dez municípios que mais empregaram em abril foram Campo Grande, em primeiro lugar com 1.269; Dourados, em segundo com 344; depois Nova Andradina (220), Naviraí (199), Três Lagoas (187), Paranaíba (180), Sidrolândia e Vicentina (106). Fecham a lista Coxim (55), Ivinhema (51) e Rochedo, com 47 empregos formais gerados.

O salário médio pago aos trabalhadores contratados em abril no Mato Grosso do Sul foi de R$ 1.922,65 – queda de 0,72% em relação a março e aumento de 2,42% em relação a abril de 2023. Em nível nacional, a média salarial inicial registrada no mês foi de R$ 2.126,16.

Fonte: Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

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Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.