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Vaidade infantil é normal, mas pais devem ficar atentos, alerta psicóloga

Geral – 10/10/2012 – 09:10

Corte de cabelo personalizado, penteados estilizados e maquiagens especiais para crianças. A aposta das empresas em inovar em produtos e salões especializados para esse público tem contribuído para que a vaidade infantil se revele cada vez mais cedo.

É o caso do curitibano Miguel Barwinski Wegrchyn, de 3 anos, que já exige: ‘Quero que seja igual ao do Neymar’. Segundo a mãe, além de exigir sempre o mesmo corte, o garoto é vaidoso e não admite sair de casa sem usar gel no cabelo, por exemplo.

Para valorizar a importância do primeiro corte de cabelo e para incentivar esse momento tão especial para as crianças e também para os pais, um salão de Curitiba aposta em um espaço onde eles podem se divertir enquanto cortam. O salão tem espaço recreativo com videogames, escorregador, piscina de bolinhas, cama elástica, entre outros brinquedos. E após o corte, os pequenos também recebem um ‘diplominha’ como lembrança pela data.

“A ideia surgiu com o meu marido. Queríamos alguma coisa específica para crianças, exclusivo. Acho que o ambiente é importante para que eles se sintam a vontade. Mas eles não param, a estratégia é ter alguma coisa para distrair e as profissionais tem que ser rápidas”, aponta a empresária Andrea Barwinski.

Rafaela Barwinski Schelela tem 6 anos e também se considera vaidosa. “Meu sonho é ser modelo. Gosto de me produzir e adoro fazer penteados”, explica a menina, que não dispensa batom, sombras claras e blush.

“Minha mãe sempre me ajuda a arrumar o meu cabelo. Quero ser modelo porque acho todas elas bonitas”, completa.

Para a psicóloga Regina Fonseca, o fato de as crianças imitarem ou se espelharem nos adultos e nas celebridades na hora de se produzir é normal, porém os pais devem ficar atentos aos exageros.

“Quando esse modismo acontece com a admiração e aprovação da sociedade, entenda-se família e amigos, a criança pode querer imitar para também fazer parte desse mundo, o que também é natural”, explica.

Os pais devem ficar atentos à maneira com que isso acontece. “Se a identificação da criança com um modelo qualquer passa a interferir de forma negativa em seu convívio familiar ou social, é hora de parar e conversar com a criança, para investigar o que está por traz desse comportamento”, argumenta a especialista.

“Criança precisa ser criança. As imitações, de um modo geral, fazem parte do processo de desenvolvimento infantil. Essa imitação transforma-se em um problema, quando a criança passa a apresentar um comportamento de vaidade que está muito além da sua idade e em detrimento de bincadeiras que antes fazia”, explica.

“Por exemplo, uma menina de cinco anos querer pintar as unhas porque a mãe também pinta é normal, vez por outra, mas fazer birra porque quer comprar vários esmaltes e “tem” de pintar as unhas regularmente, começa a passar do limite”, aponta Regina.

A psicóloga orienta ainda que se a criança insistir em maquiar-se antes de ir à escola ou, então, de fazer reflexos no cabelo, os pais precisam tomar providências, pois alguma coisa, certamente, estará fora de ordem”.

O perigo dos produtos químicos e da maquiagem em excesso

A professora de dermatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Fabiane Mulinari Brenner explica que o ideal é evitar o uso de tinturas com químicas e maquiagens em excesso pelo menos até a idade escolar (6 e 7 anos). “Na infância existe um risco maior de desencadear alergia de contato, por isso é preferível usar produtos especialmente desenvolvidos para esta idade – as maquiagens, por exemplo, contêm menos corantes e conservantes para este grupo de pessoas”.

“As tinturas quando utilizadas em crianças e adolescentes devem ser temporárias (xampu tonalizante) ou livres de PPD ( parafenilenodiamina), um produto que é causador de dermatite de contato em couro cabeludo por alergia a aplicação da tintura. Alisantes com formol estão proibidos. Em jovens, o risco de uso é maior, pois a exposição repetitiva é que é perigosa. Prefira os com tioglicolato de amônio ou carbocisteína”, orienta a dermatologista.

Fonte: Do G1

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